quarta-feira, 8 de julho de 2009

Será o Surgimento do Anticristo?

Bento XVI defendeu a constituição de uma "Autoridade Política Mundial" para "sanear as economias afectadas pela crise".
Com esta ideia, iremos de certo, assistir ao recrudescer de opiniões que vêm neste pressuposto, a intenção de criar uma figura mundial, aliado a um governo mundial, que domine tudo e todos para preparar o aparecimento da figura histórica mais temida: O Anticristo!

Com efeito, Bento XVI, até parece mesmo estar a propor tal, pelo que, será natural quem receie tal figura tão maligna, possa ver nestas palavras o campo teórico para a sua realização.
A certa altura, na sua "Encíclica" o Papa afirma; "É urgente que seja criada uma verdadeira autoridade política mundial" o que levanta todos os fantasmas que existem nos defensores dos tempos trabalhosos que antecederão o fim do mundo.

Todos os sinais parecem mostrar que afinal quem previa a vinda de tal figura maléfica, encontram aqui os argumentos e a sustentabilidade suficiente para mostrar a razoabilidade deste receio milenar.

O que possibilita relacionar este discurso – que têm uma carga muito poderosa por causa do seu autor – com a tal figura, não são os pontos defendidos, mas, uma ideia; melhor, um pressuposto, que constrói uma série de eventos, perseguições, manipulações, etc. só possíveis de serem perpetrados por uma figura que, possua um poder tão imenso e uma aceitação tal, que leva o mundo a permitir fazer-se coisas impossíveis e inimagináveis.

O outro pressuposto que cola a este discurso essa possibilidade, tem sido a tentativa de apontar para o futuro a vinda de tal estadista mundial.
Este é um aspecto teológico e exegético fundamental, pois não se encontra no texto bíblico tal afirmação ou pressuposto.

O Apóstolo João – o único autor neotestamentário que usa a expressão "anticristo" – não o refere como uma figura mundial que no futuro iria governar o planeta terra numa derradeira revolta contra o Rei dos reis; Jesus o Senhor.
O autor das três cartas mostra que não é um mas muitos, que não é uma personagem mas um sistema doutrinal que nega a essência do cristianismo e nem sequer o coloca no futuro, mas como algo que já estava presente na altura em que escreveu as cartas.
(Aconselho a leitura das cartas de João com a observação aos textos que usam a expressão: Anticristo)

Quem não tiver uma doutrina solidamente firmada nas escrituras sagradas, certamente, sempre que surgem afirmações idênticas, fica confuso e consegue descortinar uma conspiração mundial para o surgimento de tal figura.
Com esta mentalidade, surgem no meio cristão alguns que, em vez de aguardar a vinda de Cristo na consumação dos séculos; aguardam o aparecimento do anticristo.

Podemos ver aqui uma "anticristocentricidade" em vez de uma salutar cosmovisão cristocêntrica.

Este discurso de Bento XVI só revela confusão do autor e falta de crédito no domínio histórico de quem tem o mundo nas suas mãos: Deus.
O interessante é que, o mesmo posso dizer dos que antevêem o aparecimento de figura tão macabra para transformar o mundo num caos. Afinal os opostos atraem-se.

Quem está seguro na revelação bíblica através de uma interpretação histórico-gramatical que leva a uma visão pós-milenista, não se assusta quando surgem ideias ou discursos deste género.
A minha expectativa é confiante, optimista. Creio numa igreja triunfante que domina e enche a terra da presença de Deus, transformando-a cada vez mais à imagem d'Aquele que tudo criou e sustenta pela sua palavra.

Não estou distraído a tentar descortinar neste ou naquele sinal o surgimento do mal ou quem o represente, mas a viver pela fé em cada situação, sabendo que, tudo está no controlo de quem está sentado à direita do Pai governando em autoridade até que todos os inimigos lhe sejam sujeitos.

Não estou á espera do anticristo, mas de Cristo!!!

Bem-haja

João Pedro Robalo

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Legado de Michael Jackson!

Até aqui, e ao contrário do que surge na comunicação social e Internet; optei por não fazer qualquer comentário à morte do referido cantor de música pop, por achar que em certa medida existe um certo tipo de "necrofagia" em relação ao assunto.

Parece haver alguma abordagem mediática e popular após a morte do artista, com toda a corrida à discografia do autor por parte do público e de toda a comunicação social, que soa um pouco mais a reacção à morte de um "Ícone" que realmente ao reconhecimento de todo o seu trabalho ao longo de 40 anos.

Michael, surge no mundo musical como um criativo no aspecto cénico criando mesmo um tipo de dança que se tornou a sua imagem de marca.
Mas surge também com todos os defeitos e vícios que este mundo mostra e que é considerado por muitos como normal e aceitável.

Um legado é algo que marca uma geração e deixa para as próximas referências sobre as quais podem construir um futuro alicerçado em fundamentos sólidos que permitem uma construção duradoura.

Qual o legado que Michael nos deixou?
Na música foi um fenómeno - convém esclarecer que não gosto do estilo - na dança uma referência, mas no resto? O que fica?

O que nos deixa como homem, como filho, irmão, marido, pai, cidadão ou referência?
Seja qual for a perspectiva que se olhe, a conclusão surge amarga e irrefutável; nada de bom fica que sirva para as próximas gerações!

Sei que são polémicas estas afirmações, mas o que achamos intolerável as pessoas que ocupam cargos públicos - até com o argumento que são sustentados por nós e devem ser um exemplo para o comum dos cidadãos - toleramos sem qualquer critica da parte dos artistas como se de normal e aceitável se tratasse.
Já agora, quem é que sustenta o estilo de vida do referido artista? Não são todos os que adquirem os seus trabalhos, produtos comerciais e assistem aos concertos? Não é a generalidade das pessoas?
Não entendo esta parcialidade de sentimentos!

Um artista que se quer respeitado, e, sobretudo, ser uma referência, deve demonstrar valores e ética no seu estilo de vida.
Sei que há quem discorde, mas eu não acho que seja qual for a notoriedade que se adquire ou mesmo anonimato, sirva de desculpa para se baixar os valores e princípios de vida que devem reger todos o seres humanos.

Michael Jackson, quer gostemos ou não, passou ao lado de uma oportunidade de ouro para influenciar positivamente gerações que estavam prontos a escutá-lo e a seguir.
Qualquer um de nós influencia alguém, mas o caso do "rei" da pop é uma daquelas oportunidades perdidas que dificilmente alguém conseguirá imitar ou registar igual possibilidade.

Qual o legado que fica deste artista?
Um excelente músico, cantor e sobretudo dançarino; mas também alguém que se afundou nas drogas - com o privilégio de lhe serem administradas com todas as condições clínicas através de médicos particulares - um adulto que tentava viver a sua infância, uma criança e adolescente que foi obrigado a ser adulto antes do tempo próprio, o filho magoado com o pai sem saber processar a sua dor, um irmão que se afastou - apesar de todas as intervenções plásticas que o tornavam mais parecido com a irmã, alguém que negou o evidente - como as operações para mudar a imagem; e, seria imensa a lista de desequilíbrios psicológicos que este "Ícone" musical deixou às gerações futuras.

Como repararam não foquei as questões do foro criminal e judicial que foi envolvido; nem sequer a relação de fobia que tinha com tudo e todos os que o rodeavam.

Este é o legado que uma sociedade que rejeita os valores cristãos oferece às gerações seguintes.

Um legado é algo a ser vivido e imitado por outras gerações!
Imagine que todos seguíamos o exemplo referido! Qual o resultado? É capaz de o descrever?

Michael Jackson morreu. Todos os que apreciavam a sua música e dança invocam o seu legado; mas além disso, nada mais podem referir, a não ser, uma triste figura de alguém infeliz, desajustado, magoado, perdido, cheio de fobias e mimado.

São em momentos como este que me alegro e lembro a referência que Jesus, o Cristo, é para toda a humanidade.
Sei que podem considerar incomparáveis as duas figuras agora contrastadas, mas não percebo porquê?
Afinal são dois homens que subiram a pulso e enfrentaram situações antagonistas nas suas vidas, mas um, deixou-nos algo com que podemos viver - verdades em que depositamos a nossa fé -, outro que apenas serve para entretenimento.

A diferença é abismal, mas este é o legado que a sociedade actual consegue oferecer, em contraste com o que um homem - que não culpou os seus familiares pelas condições em que cresceu, não se refugiou nas drogas - até mesmo na hora mais difícil, a cruz, que seria visto como aceitável, devido às condições em que se encontrava, não criticou a família - mesmo quando estes o rejeitaram, nem sequer se ofendeu com os amigos que o abandonaram nos momentos mais difíceis - até ajudou no processo de restauração individual, como fez com Pedro.

Percebem porque comparo estas duas figuras históricas; é que são em momentos como estes que me orgulho de ser cristão e ter em Jesus a referência para a vida.

Bem-haja

João Pedro Robalo

terça-feira, 30 de junho de 2009

Quando o Milagre já não o é!

Assisti hoje uma reportagem em que Ana Rita (a mãe do Martin) mais a sua família foram a Fátima pedir à "nossa" Senhora um milagre para o regresso do filho a casa.

Este caso está envolto em muita coisa não explicada, mas sobre tudo sob paixões que toda a cobertura mediática proporciona.
Para que o interesse superior da criança seja preservado, não se pode colocar a justiça sob esta pressão, apesar de algumas vezes parecer que só assim se torna equitativa.

É precisamente esta reportagem que mostra o quanto estas pessoas, que a solicitaram, crêem em milagres.
Se alguém acredita que o sacrifício desta peregrinação pode realmente resultar em milagre, então para quê e porque a televisão lá?

O que esta postura parece revelar - convocar a comunicação social - é que, afinal, não há muita "fé" na devoção à Senhora de Fátima.
Este acto, que a comunicação social embarcou, parece mostrar mais uma jogada de marketing, para pressionar a justiça com a "opinião pública".

Se esta Senhora; Ana Rita, realmente cresse em milagres e na Senhora de Fátima para os realizar, simplesmente fazia a sua peregrinação de forma acatada e esperava que o "objecto" da sua devoção realizasse o seu pedido sem qualquer promoção mediática.

A fé não se compadece com "shows" que apenas têm o intuito de trazer a opinião pública para um lado ao mesmo tempo que se pressiona o outro.
Na verdade, caso os resultados lhe sejam favoráveis, temos uma milagre que já não o é, porque a ilegitimidade destes métodos deixam no ar a dúvida qual a razão da decisão que for tomada.

Um milagre que é, resulta de uma fé genuína que leva a agir, mas apenas confinado e recorrendo em quem depositamos a fé.
Com esta postura não sei em quem Ana Rita e a família crêem; se na Senhora de Fátima ou na força do quarto poder; a comunicação social.

A mulher que tinha um fluxo de sangue no seu corpo (relatada nos evangelhos), saiu de sua casa sem qualquer mediatismo para fazer o que havia proposto, e só foi descoberta, porque Jesus se apercebeu que d'Ele tinha saído virtude (poder para curar).

Estamos perante um possível milagre que á partida, já não o é, seja qual for o desfecho.
O triste é que este é o espelho da espiritualidade do povo português.

A fé genuína e que resulta em verdadeiros milagres, surge na solidão da decisão pessoal que leva alguém a crer que Deus é Deus e como tal é poderoso para realizar milagres na vida das pessoas.

É nesse Deus que creio e nesses milagres que espero e tenho visto.

Bem-haja

João Pedro Robalo

domingo, 28 de junho de 2009

Reconhecer Quem nos Acompanha

Os discípulos que percorreram o caminho de Emaús acompanhados por Jesus, estiveram várias horas com ele sem se aperceberem quem os acompanhava.

Muitos cristãos percorrem os caminhos da vida acompanhados por Jesus, e, tal como eles não reconhecem o amigo e conselheiro ao seu lado.

As discussões inúteis, a dor, a decepção, desilusão, etc. confundem e impedem de ver que não estamos sós nesta caminhada terrestre.

Mesmo com bom ensino e forte teologia podemos apenas ver à distancia sem proximidade, que só a comunhão e o partir do pão transmite e realçam.

A palavra de Deus transmite calor e energia ao nosso espírito, mas é a comunhão, o amor ao próximo, o desenvolver no outro a extensão do amor de Deus; revelam Jesus na sua plenitude e dimensão.

Estes são tópicos da mensagem partilhada na igreja este fim-de-semana na Figueira.
Se desejarem escutar podem aceder ao site: www.figueiraccva.org

Bem-haja

João Pedro Robalo

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Irão a Força da Razão

Os acontecimentos relacionados com as eleições no Irão estão a mostrar a mudança e a força que os meios actuais têm perante os regimes mais fechados e intransigentes na esfera global.

Se as religiões pensam que podem fechar hermeticamente as pessoas no seu livre pensar ou as sociedades na sua expressão livre de escolher o seu futuro; esta realidade que está a surgir no Irão, mostra precisamente o contrário.

Com isto, quero insurgir-me com alguma mentalidade religiosa, também nos meios denominados evangélicos, que pensam colar-se sempre ao poder vigente, como sendo a posição natural e mais ética, quando o povo e as massas estão numa direcção oposta.

O poder religioso Iraniano está colado ao poder que Ahmadinejad representa, mas o povo parece estar a seguir uma direcção diferente.
Lá como cá o mesmo paradigma e o mesmo erro de cálculo.

Em toda a revelação Bíblica, encontro Deus ao lado dos mais fracos, injustiçados, desprovidos dos mais elementares direitos, dos que sofrem, etc. com espanto verifico que as religiões - o Islão não foge à regra - aparecem coladas e cúmplices do poder temporal com todos os defeitos e problemas que acarretam.

A igreja cristã deve mostrar a diferença e voltar ao seu paradigma inicial; em que cuidava com afinco das viúvas, pobres, necessitados, doentes, desprotegidos, enfim; todos os marginalizados da sociedade encontravam lugar de aceitação, expressão e integração na comunhão dos santos.

O Estado pode e deve, desenvolver o seu papel social de apoio e contribuição financeira para aligeirar o fosso entre ricos e pobres; mas só a igreja consegue oferecer uma transformação ética da pessoa humana pelo novo nascimento, trazido á nossa acção e intervenção a favor de quem mais precisa de nós: Os pobres, necessitados e marginalizados.

Só a visão ética-espiritual da mentalidade judaico-cristã oferece a resposta - não apenas uma resposta - que resolve o problema do homem na sua totalidade, começando no interior e abrangendo holísticamente o sentido da vida humana.

O estado-social cria subsídio-dependentes; a ética cristã responsabiliza cada um pela situação e solução para cada caso de vida.

Com isto, parece-me que, as religiões são muito parecidas - apesar do que as diferenciam - na sua abordagem e relação com as sociedades e o poder.
O cristianismo adquire aqui a sua diferença quando volta ao seu estado original; e há igreja e cristãos que o conseguem plenamente.

A nossa voz critica em relação ao Irão não é um acto partidário ou político - como vejo alguns cristãos fazerem - apenas por posição ortodoxa de ligação a todos os grupos partidários de direita; mas é tão válida neste caso, como o foi, quando George Bush teve a triste ideia de trazer um conflito até hoje injustificado como a guerra e a invasão do Iraque.

Para que a nossa voz seja escutada e a nossa pregação tenha autoridade; temos de seguir o caminho traçado por Jesus; que sempre defendeu os necessitados contra os poderes instituídos; quer religiosos (Fariseus, Saduceus; Escribas, etc.) quer políticos (Pilatos, Romanos, etc.).

Tanto os religiosos poderosos do Islão, como do mundo ocidental precisam perceber que os cristãos, estão comprometidos com quem sofre e lhes são negados os mais elementares direitos humanos, direitos esses, que são a essência do amor divino demonstrado pelo envio de Jesus como Filho de Deus a este mundo.

Quando falhamos neste assunto - infelizmente já sucedeu vezes demais - outros ocupam o nosso lugar, mas com abordagens inferiores incapazes de responder na totalidade à necessidade plena do homem.

Levanto a minha voz neste Blog em relação ao que sucede no Irão assim, como, me preocupa, esta viragem Europeia para o neoliberalismo como resposta à crise financeira mundial.
Compreendo e reconheço a diferenças entre as duas situações, mas não tenho uma mentalidade de "cruzada" mas cristã na abordagem dos problemas e crises mundiais.

Espero e oro a Deus para que todos estes incidentes resultem numa viragem iraniana histórica que promova a paz e a reconciliação nacional, pois tal efeito será benéfico para todos em geral.

Bem-haja

João Pedro Robalo

sábado, 20 de junho de 2009

Casos de Vida

Este Domingo irei abordar situações práticas de vidas relatadas nos evangelhos cuja acção de fé inédita resultou em grande livramento e bênção divina para os intervenientes.

Escolhi propositadamente mulheres que se encontraram com Jesus, devido à sua fragilidade e incapacidade social para resolver o problema que estavam a passar.

Começo pela mulher que é relatada - sem nome - como tendo um fluxo de sangue que durava doze anos, sem solução clínica, mística - as ervanárias e o pessoal das mezinhas, etc. nada puderam fazer - sozinha e quase sem dinheiro, pois a doença havia-lhe esgotado os recursos por completo.
A sua fé, com o auxilio da confissão; levaram a que saísse da sua condição através da fé e ousadia, ao encontro de Jesus e fazer o que propôs no seu coração.

A fé em Jesus - não uma fé qualquer - quando é genuína e gerada no mais profundo do ser só pode descobrir formas e meios originais de trazer a solução para qualquer situação que estejas a encarar.

O outro exemplo surge da mulher referenciada pela sua etnia (cananeia) que desperta em Jesus os mais elevados elogios, mesmo após um tratamento tão discriminatório e deselegante, quer da parte de Jesus, quer dos seus discípulos.
Apesar disso tudo e da forma como foi tratada, não desanimou, antes continuou argumentando e tirando qualquer possibilidade de fugirem ao problema que lhes estava a apresentar.

A fé que faz mover Deus no céu para a nossa realidade não se ofende, nem desiste quando surgem situações inesperadas ou incompreensões no processo.
"Grande é a tua fé" disse Jesus; "Seja feito conforme desejas".
Tantas são as pessoas que se ligam ao aspecto "desejo" para reclamar a sua bênção, esquecendo que só uma fé deste género - que não se ofende - consegue alcançar os desejos do coração.

Por último, faço referência a mais uma mulher que é conhecida pela sua região; Naim.
Viúva e agora acompanha um defunto, o seu único filho.
Uma situação de desespero total, qualquer dos recursos humanos para a sua sobrevivência haviam partido, o que significava incerteza perante o futuro.

Neste relato não surge qualquer acto ou afirmação de fé da parte desta infortunada mulher, antes, Jesus em compaixão age e ressuscita o seu filho moribundo.
Neste caso, o tipo de fé - que aparentemente não se vislumbra nesta personagem - não está explicito, mas implícito.

Uma multidão acompanha esta mulher na sua dor e desgraça, não apenas por pena ou misericórdia, mas pelo exemplo e respeito que perante tantas situações desesperadas, alcançou dos seus concidadãos.

Fé não são só acções momentâneas ou confissões corajosas, mas também um estilo de vida que causa respeito e honra entre todos os que nos conhecem.
Jesus honra essa fé: "O meu justo viverá pela fé"

Se desejarem escutar ou ver a mensagem, podem fazer o download em: http://www.figueiraccva.org/

Bem-haja

João Pedro Robalo

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tempos de Esperança

Em dias conturbados como os actuais, sempre surge alguma perturbação interior que pode afastar a esperança, principalmente daqueles, de quem é esperado não lançar mão da esperança proposta.

Há um ditado popular que diz: "A Esperança é a última a morrer", pessoalmente, apesar de correr o risco de ser considerado utópico, prefiro afirmar que: "A Esperança não morre!".

A esperança só morre quando apenas conta com a força interior pessoal, humana e até relacional, ou seja, dependente do ambiente e ânimo ao nosso redor.
Os amigos, familiares, companheiros e irmãos em Cristo, são por excelência os melhores incentivadores para não perder a esperança. No, entanto, a Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada - têm todos os ingredientes naturais e sobrenaturais para ser o verdadeiro impulsionador da esperança do cristão nos dias actuais.

O Apóstolo Pedro, antes de deixar este mundo de forma tão dramática,escreveu na sua carta: 1Pd.4.7-8 "Já está próximo fim de todas as coisas. Portanto, sede sóbrios e vigiai em oração. Tende antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados"

Só alguém que não permite que a esperança morra na sua vida e perspectiva é capaz de oferecer conselhos que irão ser úteis e fundamentais para enfrentar os dias que se aproximavam.

Pedro, como os outros autores neotestamentais tinham uma percepção dada pelo Espírito Santo que estavam a viver um momento de transição que chamavam: "O fim dos tempos"

Perante a expectativa de dias que seriam conturbados, Pedro oferece resposta funcional que se aplicam a todos os tempos e momentos da história humana.
Sermos sóbrios, vigiar em oração e sobretudo enfrentar qualquer situação com amor ardente; são conselhos relevantes que oferecem esperança para qualquer situação ou momento que atravessemos.

A esperança nunca morre, os dias actuais enfrentam-se com esperança e não com falta dela, por isso, olhemos para estes dias com uma certeza; a nossa atitude que demonstra fé em Deus, não só oferece esperança pessoal mas é um factor de estabilidade para o outro que tem oportunidade de se relacionar connosco.

Actos e discurso de esperança - Palavra de Deus aliada a uma conduta condizente - em tempos de desespero, faz a diferença fundamental nos dias que vivemos.

Bem-haja

João Pedro Robalo