O tema aquecimento global que, será debatido estes dias em Copenhaga, Dinamarca, pelos principais líderes mundiais; surge, como um dos principais problemas que qualquer cidadão do mundo considera como preocupante e fulcral para o futuro da humanidade.
Apesar do que é referido na comunicação social, ensinado nas escolas e defendido pelas organizações ecologistas, a verdade é que, a comunidade cientifica não consegue chegar a uma conclusão; principalmente em dois pontos essências: Se o aquecimento é realmente global e se isso se deve à acção humana.
Sei que esta perspectiva causará um coro de protestos, mas não sei se o será por boa informação, ou por intoxicação da comunicação social. Não tenho qualquer dúvida que há uma "agenda" que os "Mídia" desenvolvem, por isso o que escutamos nem sempre é tão livre nem sequer ingénuo.
Não pretendo discutir aqui esta diferença de perspectivas que dividem a comunidade cientifica, remeto-vos para um bom artigo do Pr. Mal Fletcher (www.nextwaveonline.com/comment.asp?ID=265)
A minha abordagem é teológica e sobre tudo escatológicamente confiante.
Apesar de o homem ser irresponsável em muitos aspectos, sei que a Terra não lhe foi entregue, nem tem capacidade para decidir ou determinar o futuro deste planeta.
"A Terra é do Senhor..." Dt.10.14; Sl.24.1; 1ªCo.10.26
É teologicamente errado, ensinar que, pela queda de Adão a terra foi entregue ao diabo, o que se revela uma impossibilidade, pois Deus nunca a havia entregue ao homem.
A única coisa que o diabo adquiriu foi o domínio que, pelo pecado o homem transferiu para Satanás essa função, mas, a qual, o último Adão (Cristo), através da cruz recuperou essa autoridade perdida, para a exercer como Cabeça da igreja em domínio na sua posição à direita de Deus.
Outro aspecto importante de uma escatologia confiante, é a consciência da responsabilidade ecológica que os cristãos têm no mundo, para uma restauração completa de tudo, que é também uma expectativa da própria criação. (Rm.8.21)
Não só nos é restituída a condição de comunhão plena com Deus, tal como tínhamos no Jardim do Éden, como nos é oferecido em Cristo a possibilidade de domínio sobre a criação, não para a sua destruição, mas preservação e restauração. Sl.37.11 "Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na sua abundância de paz"
A minha abordagem a este assunto ecológico e de sobrevivência, não é científico, racionalista ou humanista, mas teológico. É crer em esperança contra a esperança; aquilo que vulgarmente chamamos fé, aquela que o nosso pai Abraão teve e devemos imitar.
Sei que o homem é egoísta, avarento, ambicioso de forma desmedida, etc., mas, também sei, e creio, na providência divina, na garantia Deus não se demitir da sua função de preservar e cuidar da criação estabelecida, do seu domínio que se estende de geração em geração e principalmente cuidar da sua obra mais importante, a terra, onde foi executado o plano restaurador de todas as coisas que conhecemos e desconhecemos através da encarnação do Verbo, da sua morte expiatória e da sua ressurreição que estabelece o vínculo da vitória.
O plano de Deus, não passa pela destruição do planeta terra, mas pela sua preservação e restauração - aliás se o contrário acontecesse a sua vitória sobre Satanás não seria completa.
Como cristãos devemos estar na linha da frente na preservação, conservação e respeito ecológico, num desenvolvimento sustentado, pois, somos apenas mordomos, não donos, da maravilha da criação divina; o planeta terra. Aliás uma das minhas canções preferidas é: "What a Wonderful World" de Louis Armstrong.
A minha perspectiva perante o futuro é de confiança, não tanto pelo que o homem pode ou não fazer, mas porque Deus não permitirá que entremos num descalabro descontrolável de destruição planetária.
Com isto, não deixo de responsabilizar e pressionar quem exerce poder para tomar decisões politico-económicas sustentadas na preservação do nosso mundo.
Como cristão faço a minha parte, quer tendo comportamentos ecológicos, quer confiando em Deus para o futuro deste belo planeta.
Bem-haja
João Pedro
sábado, 5 de dezembro de 2009
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