sábado, 18 de julho de 2009

Promessas Adiadas

Ao ler um jornal desportivo, deparei com um artigo do Diogo Quintela, sobre a pré-época do Benfica que sempre oferece este entusiasmo a todos os adeptos e que os meios de comunicação ampliam.

O autor do artigo - de forma irónica - estava agradado com toda esta euforia que envolve o Benfica na pré-época, tornando-se em desilusão á media que a época decorre.

A vida de muitas pessoas é um pouco idêntica - quer sejam cristãos ou não - muita expectativa, muito entusiasmo, que se esbatem quando confrontados com a realidade do dia a dia.

Preocupa-me que os cristãos, por vezes, também vivam neste registo. Entusiasmo e muito empolgamento nas reuniões, quer perante os cânticos ou mensagens, mas, quando confrontados com a realidade dos problemas que enfrentam; ou simplesmente, a falta de interesse que a vida lhes proporciona, entram em desânimo, ou, por vezes, como mecanismo de defesa, alienam-se de tudo ao redor.

Algumas coisas devem ser tidas em conta para passarmos do constante "pré" para verdadeiras conquistas na vida.

1º Não vivemos numa novela irreal ou sempre fantasiosa, mas vidas comuns, problemas idênticos e situações que envolvem também os cristãos, mesmo que não sejamos directamente responsáveis da situação que se enfrenta.
O Apóstolo Pedro encoraja a igreja dizendo: "Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos em todo o mundo" 1ªPd.5.9

2º Deus é real e as suas promessas cumprem-se!
Esta afirmação, apesar de pacifica, nem sempre é respeitada, porque em alguns casos deseja-se ou espera-se algo que, não tem qualquer promessa divina, nem se aplica à nossa situação.
Deus não está comprometido com algo que apenas é desejado por nós - por mais estranho e desajustado que por vezes pareça - mas com o que solenemente prometeu.
2ªCo.1.20 "Quantas promessas há de Deus, têm n'Ele o sim, e por Ele o amém"

3º Paciência é um bom aliado.
Muitos cristãos não alcançam nada, porque são inconstantes, indecisos e sobretudo impacientes.
Exigem que Deus lhes conceda o que querem, no tempo que desejam; que normalmente é... agora.
Tiago escreve na sua carta comparando o cristão a um lavrador que semeia e sabe que só colherá, se aguardar pelo tempo propício para a colheita. (Tg.5.7)
Creio que só no céu saberemos quantas vezes perdemos bênçãos, devido a ter desistido de esperar e partir para outra deixando a meio um investimento iniciado.
Gl.6.9 "E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo ceifaremos"

Outras razões poderiam ser aqui referidas, estas, parecem-me indispensáveis e principais, para não vivermos sempre em expectativas adiadas.

Deus é real, creio que é possível o cristão iniciar algo que conclui, investir em coisas que trazem compensação e ter expectativas que serão realizadas.
O equilíbrio, o bom senso e a fé colaboram; não se opõem.

O meu entusiasmo e confiança estão em Deus, não apenas centrados no meu ego ou desejo - o livro "O Segredo" não é uma boa ajuda apara a realização dos sonhos nas pessoas, porque coloca tudo dependendo de nós; esquece o mais importante: Deus.

Bem-haja

João Pedro Robalo

terça-feira, 14 de julho de 2009

Salvação Self-service

Se nossa salvação dependesse de nós mesmos, de nossas boas acções, então, teríamos de que nos vangloriar diante de Deus.
E isso alimentaria o ciclo do pecado, do orgulho, da vaidade.

O Apóstolo Paulo escreve em Efésios 2:8-10, a razão pela qual a salvação deve ser exclusivamente pela Graça, independente dos méritos humanos.
Se é por nossos esforços pessoais, temos motivo para nos gloriar; mas se é por iniciativa d'Ele, e por Sua graça, só nos resta agradecer.

A gratidão é o resultado de uma salvação gratuita, independente de obras.
Orgulho seria o resultado de uma salvação adquirida por boas acções.

A Graça rompe o ciclo do pecado, que nada mais é do que o viver-para-si, e nos libera a viver para Deus e para o nosso próximo, pelas motivações correctas.

Devo praticar boas obras, não para ser salvo, mas em gratidão a Deus por me haver salvo.
Sou salvo pela graça, mas para as boas obras.

O que faço de bom, não é para ser salvo, mas porque sou salvo.


Postado por Hermes C. Fernandes em: www.hermesfernandes.blogspot.com