Esta semana a República Checa, assinou o Tratado de Lisboa, que abre caminho para a implementação do mesmo, que origina, entre outras novidades, a criação de uma nova figura; o Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE.
Com a criação desta figura, por enquanto sem personagem definida, apesar dos "jogos" de bastidores que já se perfilam, vamos de certo, assistir a uma clivagem, ou, pelo menos, derivação das tentativas falhadas em apontar uma figura pública com a terrível personagem bíblica do anticristo.
Até aqui, ainda na ressaca da perda das últimas eleições, muitos apontaram o novo Presidente dos EUA, Barack Obama, como a tal figura mítica.
Os artigos, vídeos, pregações e comentários - pobres de conteúdo, e falaciosos na Hermenêutica - encheram a Internet, Sites, Blogs, comunicação social religiosa, etc.
Com o surgimento deste cargo - que será uma aventura europeia - ainda sem contornos bem definidos, a tendência será para procurar, vasculhar e "dissecar" até à exaustão, todos os "sinais" ou semelhanças que o candidato apresentar, em relação a uma figura composta que, erradamente alguns sectores do cristianismo evangélico, continuam a tentar construir e sobretudo aguardam.
Esta postura que tem perseguido o pensamento e "práxis" cristãs, ao longo de décadas e demasiadas gerações, revela uma pobreza de conteúdo teológico, que acaba com esta triste realidade de ver uma igreja a aguardar uma figura inventada - o anticristo - em vez de esperar, isso sim, o Senhor que um dia virá para governar e completar a História.
Antevendo o espectáculo que se vai montar, proponho uma leitura simples e clara da Bíblia. Temos defendido tanto a Revelação escrita do Deus Judaico-cristão, ao ataque que Saramago encetou, que, apenas proponho uma simples leitura dos textos que falam desta figura que tem assustado tantos ao longo dos tempos.
Não coloco aqui os versículos exactos que nomeiam este substantivo: O anticristo.
Mas, como os únicos textos que falam desta personagem apenas surgem nas cartas do Apóstolo João, qualquer um de nós poderá fazer uma leitura rápida, contextualizada e sem pressuposto errados em poucos minutos.
Se nos cingirmos ao texto do Apóstolo, várias conclusões são possíveis que oferecem uma clarificação objectiva e clara sobre esta figura tão erradamente temida.
Uma exegese minimamente credível, consegue chegar a algumas conclusões objectivas:
1º Não é um, mas muitos anticristos.
2º Não é apontado para um futuro longincuo, mas era uma realidade presente nos dias do Apóstolo.
3º Estavam relacionados com a igreja, e, por razões várias apostaram na fé.
4º Não é uma figura personificada, mas um espírito do erro que domina pessoas em verdades fundamentais da fé cristã.
5º Uma doutrina do erro que nega a essência da cristandade e da revelação de Deus na História, negando, a encarnação de Jesus como o Cristo; o Messias prometido que veio salvar a humanidade reconciliando-a com o Pai.
Se não se procurar criar uma figura composta, com outros textos bíblicos que não usam o termo "anticristo", são estas as conclusões que se podem tirar, sem qualquer dificuldade nem sofismas.
A Bíblia, como palavra de Deus, merece que não vamos além do texto, nem fiquemos aquém, apenas, que se deixe falar o que o próprio por si próprio.
A Bíblia continua a falar, mesmo quando os ataques vêm de fora, como de dentro, aliás, são mais prejudicais as más interpretações e imaginações teologicamente infundadas, que os ataques que os ateus ou mesmo pseudo-ateus fazem às Escrituras.
Uma igreja que se distrai com inimigos fantasmas, perde eficácia, relevância e importância na sua missão principal: Fazer discípulos de todas as nações.
Não estou à espera de um anticristo qualquer, mas do verdadeiro que se deve esperar. O Cristo!
2ªTm.4.8 "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amarem a sua vinda"
Eu amo e aguardo a Sua vinda, não a de outra figura qualquer.
Bem-haja
sábado, 7 de novembro de 2009
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