quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Efeito Obama

A cimeira do G20, onde foi aprovado uma injecção de dinheiro para reanimar a economia, foi renomeada por Durão Barroso - o presidente da Comissão Europeia - como positiva e influenciada pelo que chamou: "O efeito Obama".

Ao olhar para esta perspectiva traçada por tão importante figura a nível mundial, observo que, além da decisão das medidas que são absolutamente necessárias para a reanimação e estímulo da economia; o factor humano a sua perspectiva e postura são também fundamentais para que qualquer plano ou estratégia para vencer a crise sejam bem-sucedidos.

Neste caso considero que os cristãos têm um papel fundamental a desempenhar.

Perante cenários de crise -não só financeiras, mas éticas e morais - são as posturas de integridade e determinação em lutar contra ventos e marés que são absolutamente necessárias e urgentes para ultrapassar este estado de coisas.

O efeito cristão precisa fazer-se sentir mais.
O efeito da verdade, da integridade, da confiança, da fé - entre muitos outros aspectos essenciais - oferecem á humanidade uma esperança e sentido de justiça tão necessárias para a vida fazer sentido.

O efeito Cristo nos cristãos tem de se fazer sentir

Fiquem bem

João Pedro Robalo

Ser ou não Ser, eis a questão!

A famosa frase de Shakespeare em Hamlet, continua actual e determinante para encarar os dias "maus" que vivemos.

Esta semana perante mais umas quantas notícias desagradáveis em conversa com um amigo deparei que há pelo menos dois estados de espírito patentes, uns pessimistas outro optimistas, como se tudo fosse reduzido a um estado de alma.

Nestes dias quando somos bombardeados por notícias desagradáveis - aliás essa é a linha editorial da comunicação portuguesa, quanto mais desgraça melhor para o "share" de audiência - a diferença entre o que realmente somos torna-se evidente e crucial.

Se o que eu sou depende totalmente e exclusivamente da graça de Deus, então a forma de encarar a vida e qualquer crise é determinante - não só para mim, mas para todos os que posso influenciar - no meu falar, ver as coisas, encarar os problemas, enfim toda a maneira de lidar com a nossa existência.

Nos dias actuais não precisamos de nos tornar "positivos" como se isso fosse uma chave ou receita para o problema que afecta a humanidade; mas o que necessitamos é ser o que Deus nos fez pela sua graça.

Tal como Deus disse ao Apóstolo Paulo: "A minha graça te basta" a nós é tudo o que nos chega para podermos dizer como o Apóstolo dizia: "Pela graça de Deus; sou o que sou".

Ser é fundamental hoje, sem imitações, fingimentos ou falsidades; o que somos em Cristo é tudo e suficiente para viver plenamente nestes dias.

Bem-haja

João Pedro Robalo

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Dia das Mentiras

Hoje "celebra-se" um dia estranho e de difícil compreensão - O Dia das Mentiras.
Faz-me alguma confusão a escolha deste assunto para uma celebração ou no mínimo evocação.
A mentira será sempre nefasta e prejudicial para a construção do homem e de uma sociedade mais justa e equitativa.

Como cristãos devemos procurar viver sempre no registo da verdade, quer por palavras, actos, filosofia, pressupostos e fundamentos; sobre os quais constrói a sua conduta e estilo de vida.

Por ironia do destino, este dia - o tal das mentiras - assistimos a mais um recrudescer do triste "famoso" caso Freeport.
Este é um caso paradigmático e que já mostrar sintomas de que a verdade hoje é muito relativa e reflecte o pensamento humano actual em que já não há absolutos, a não ser a própria relatividade, como disse Augusto Comte.

Hoje qualquer noção de justiça, verdade, até mesmo da própria democracia; estão condicionadas pelo relativismo na sua máxima expressão, como assistimos neste caso actual.
O que é preocupante é que é um reflexo e espelho do estado da nossa sociedade, tudo é relativo e qualquer absoluto foi banido.

As pessoas podem não saber mas este é um caminho perigoso e sintomático de doença de uma sociedade quando estes sintomas surgem e são considerados normais.
O que estamos a construir é a morte do próprio estado de direito, onde a comunicação social com a sua agenda política assume um papel determinante.

Viver a verdade, falar verdade, pensar verdade, etc. é urgente.
Como cristãos que crêem num futuro e que pensam na construção de uma sociedade justa e dominante na terra para a implantação do reino de Deus; tomemos como fundamento para o nosso estilo de vida este paradigma da verdade e de verdade em todos os aspectos do ser e da sua existência.

Pode não parecer, mas será esta postura que salvará o homem na sua construção de um mundo mais justo e progressista.

Deus vos abençoe

João Pedro Robalo

domingo, 29 de março de 2009

O Medo do Purgatório

Assisti a uma entrevista mais intimista com Marcelo Rebelo de Sousa na televisão.
Apreciei - apesar de discordar de alguns comentários - a maior parte das referências que fez sobre a sua convicção cristã católica.
Contudo, na parte final quando dava respostas rápidas, à questão sobre qual o seu maior medo, surpreendeu-me que o seu maior receio estivesse fundado num conceito errado.

Disse o nosso interlocutor que, o que mais receava era o tempo que iria passar no purgatório. A espera poderia ser insuportável.

Uma pessoa com a inteligência e a influência que tem na nossa sociedade, como é o caso do professor, preso ou receoso de um conceito que contraria toda a lógica e ensino do cristianismo.

A Bíblia ensina que só há uma vida, na qual cada um de nós constroi a sua eternidade.
Ao contrário a teologia do purgatório tenta defender que podes viver mais ou menos, porque existe uma "meia" oportunidade - o purgatório - no qual se tiveres bons familiares que paguem umas quantas missas a teu favor, poderás alcançar o tão desejado céu.

O que mais me preocupa é quantas pessoas estarão presas a este conceito errado que influencia de forma negativa e determinante como encaramos e nos comportamos nesta vida.

Jesus disse para não recearmos os que apenas conseguem matar o corpo, mas sim quem pode determinar onde iremos passar a nossa eternidade; se no céu - com Deus - ou no inferno.

Não há lugar intermediário, pelo que ter medo de algo que não existe é logicamente questionável.

Toda a nossa atenção e prioridades devem centrar-se nas decisões que fazemos a cada dia, como lidamos com o dia mau e sobretudo como está o nosso coração perante todo o mal que nos rodeia.

Tenhamos fé em Deus, cumpramos os seus mandamentos e vivamos uma dimensão profética da vida e nada temeremos, muito menos algo que não é verdadeiro.

Deus te abençoe

João Pedro Robalo