Violência Gratuíta

Em Gondomar um jovem que sofria de epilepsia morreu após um espancamento filmado em telemóvel.
A causa da morte pela autópsia revela o problema relacionado com o uso de drogas, mas mesmo assim não diminui a revolta pelas imagens publicadas na Internet.
Ainda por cima quando surge a suspeita que a causa da agressão foi a denuncia por parte do agredido sobre questões relacionadas com o trafico de droga por um grupo que estará relacionado com os agressores.

Tudo isto faz parte do mundo violento em que vivemos - agora potencializado com a divulgação de imagens que nos deixam perplexos - mas não deixa de ser algo que nos deve preocupar e levar à acção para debelar este flagelo.

A violência gratuita e o requinte de malvadez por quem achou interessante, não só filmar, como ainda por cima colocar as imagens on-line, é uma nova realidade que os cristãos se devem interessar para que façam algo que, reverta este tipo de maldade que desgraça a nossa sociedade.

Este não é um problema que seja debelado apenas com o trabalho desenvolvido no púlpito, mas deve ter uma resposta à altura.
Desde a condenação nos mesmos meios - a Internet - á acção que nos leva ao contacto com os bairros, as pessoas, os "guetos", as associações, etc. tudo deve ser feito para mostrar que não gostamos do que vimos.

Uma igreja que crê na implantação do Reino de Deus na terra está melhor preparada para desenvolver respostas e acção que visam planos de aculturação da sociedade que uma igreja que queira voar daqui para fora o mais depressa possível.

A nossa doutrina é um excelente aliado para acção, intervenção e resposta válida que oferece uma transformação radical das pessoas que compõem a sociedade.

A nossa fé, convicção, esperança e principalmente escatologia são essenciais para encarar este problema com respostas válidas - sem lacunas - que ofereçam soluções reais para os problemas reais.

Vou continuar a fazer a minha parte - não só pregar, ensinar - mas também agir sempre que estiver ao meu alcance e seja oportuno.

Oremos com fé pelo nosso povo.

João Pedro Robalo

No dia em que comemoramos o dia do pai, Josef Fritzl foi condenado a prisão perpétua pelo sequestro e abuso da sua filha, além da morte de um dos filhos que nasceu desta relação incestuosa imposta sem qualquer traço de humanidade.

É sem dúvida um péssimo exemplo e uma ironia do destino esta coincidência, ao mesmo tempo que, não posso deixar de considerar a justiça divina na sua precisão temporal e oportuna com o intuito de deixar uma mensagem clara a todos.

Poderão alguns questionar porque foi permitido que este horror durasse tanto tempo e afectasse crianças inocentes?
A humanidade está repleta de injustiças das quais os que as perpetuam são responsáveis e moralmente imputáveis.
Para mim o impensável seria as injustiças não serem corrigidas.

Acho que esta coincidência de datas é uma forte mensagem sobre o que é certo e errado, ao mesmo tempo um sério aviso que Deus não dorme.

Tudo o que um pai não deve ser, foi representado por este homem.

O pai é protector, ele não o foi.
É o elemento principal para a estabilidade emocional e estrutural da família; foi precisamente o oposto.
Deve exercer a autoridade pedagógica em amor; contrariou tudo isso.
É o principal elemento agregador de toda a estabilidade familiar; tornou-se o factor de medo e terror para uma família.

O que mais poderia enumerar aqui? Tudo o que qualquer pai deseja evitar na sua aventura progenitora educacional foi perpetrado pelo individuo agora condenado a prisão perpétua.

Mas todo este quadro negro não apaga o facto que, tarde ou cedo a justiça é feita. Deus não permitirá que o injusto fique sem castigo nem que o inocente não veja o seu opressor punido e a sua causa defendida.

A justiça divina é real e será sempre feita, mesmo para os que não crêem, ela será uma garantia que nada de injusto ou pernicioso passará sem que seja reparado.

Bem-haja

João Pedro Robalo

Dia do Pai

Comemora-se hoje na Europa o dia do pai.
Uma pequena busca pela Internet dá para verificar que, tudo gira à volta da comercialização e em como oferecer a melhor prenda.
Não sou pessoa para deixar que o verdadeiro sentido das coisas ou comemorações se percam por causa da comercialização desproporcional que são alvo.

Mesmo o Natal - talvez a maior expressão desses exageros - não perde o seu sentido devido aos "pais" Natal, presépios, luzes, etc., para os cristãos que sabem o que se celebram em cada época festiva sem se deixarem influenciar pelo "barulho" da publicidade.

O dia do pai pode e deve ter um significado importante, apesar de não poder desejar um bom dia ao meu, porque já partiu para Deus à alguns anos.
Mas posso honrar a sua memória cumprindo tudo o que me ensinou, guardando os seus ensinos, lembrando as lições - tanto as agradáveis como as desagradáveis - que me proporcionou e transmitindo aos meus filhos toda a experiência de vida que fui alvo como descendente de alguém que fez o melhor que sabia para me proporcionar uma vida estável e prometedora.

Outro aspecto importante é o sentido de paternidade que está tão ausente na sociedade actual.
Filhos órfãos de pai, mesmo com eles vivos, são uma realidade angustiante que tem de ser combatido por todos.

Cristo na sua revelação e manifestação terrestre, apresentou o Pai como figura determinante na estrutura de um sentido para a vida e propósito.
A comunhão com o Pai, a total dependência d'Ele, o significado que deu a todos os actos e decisões importantes e principalmente, a confiança absoluta em todas as determinações do Pai.

O dia do Pai para mim é mais que uma comemoração ou uma data que eleva esta figura determinante na família e sociedade; é a afirmação que temos um Pai que não é surpreendido por nada e que tudo proporciona para que os seus filhos tenham as condições para triunfar na vida e reinar com Cristo sobre todas as circunstâncias que surgem.

Feliz dia do Pai para todos e, se estão a pensar oferecer uma prenda aos vossos pais, não esqueçam de o fazer também ao vosso Pai celeste que cuida de vós como ninguém.

Que o Pai do céu vos abençoe ricamente.

João Pedro Robalo

Tempo de Visitação

Na semana passada, com tantos incidentes e repercussões que nos fizeram ficar um tanto perplexos - desde um pai que se esquece do filho, uma série de pessoas mortas em escolas, atentados de novo no Iraque em larga escala, etc. - um acontecimento sobressaiu sobre todos estas desagradáveis notícias.

No meu espírito e de algumas pessoas chave na igreja, surgiu uma percepção que, um tempo de visitação especial de Deus se está a aproximar.

Não vivo de impulsos, nem ensino à igreja tal caminho, mas nunca desprezo as profecias nem extingo o Espírito; pelo que, dou importância e atenção, quando começam a haver sinais evidentes de que algo de importante e novo está a surgir entre pessoas chave da comunidade, à qual Deus me concedeu o privilégio de pastorear.

Há um tempo atrás quando lia um livro do pr. Vicent Cheung; "Cura Divina", reparei que tal como eu penso, o famoso autor compartilha comigo que, um bom ensino , alicerçado com uma boa estrutura doutrinal, não coloca em causa um mover de Deus sobrenatural, antes pelo contrário, liberta a unção de Deus para operar livremente sem grilhões de "dons" ou "unções" especiais que alguns nos querem fazer crer que possuem.

Haverá sempre uma diferença substancial entre a ilusão e a realidade - tal como Actos 8 demonstra entre Pedro e Simão - em que uma não anula nem ofusca a outra.
Porque há vigarice, manipulação ou imitação; isto não quer dizer que o genuíno e a autenticidade cristãs não existam nem se possam manifestar.

Não deixemos que o falso anule ou impeça o verdadeiro de se manifestar; antes vamos alicerçar bem a nossa doutrina, fé e ensino para que tudo o que Deus desejar fazer neste tempo não se perca nem nos passe despercebido.

Não quero perder por nada o Tempo da Visitação do Deus Bom, Misericordioso e que nos visita com Bondade.

Vamos ficar atentos e prontos para o que Deus está a fazer.

Deus vos abençoe

João Pedro Robalo

No Monte do Senhor Deus Proverá

Este Domingo surgiu o imprevisto; esqueci-me das notas da mensagem que preguei.
Mantive o tema, a maior parte do assunto que tinha preparado foi abordado, mas surgiu algo novo que estava fora dos planos iniciais.
Não sou pessoa de ir para a igreja sem estar bem preparado sobre o tema que abordo, procurando sempre trazer o melhor, mas mantendo sempre disponibilidade para a inspiração do momento.

Este incidente alinhou com o tema que tinha preparado; "No Monte do Senhor Deus Proverá".
Abraão saiu de sua casa com o filho em obediência completa a Deus "Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tu amas, e vai à terra de Moriá, e oferece-o em holocausto"

A Bíblia relata este acontecimento como uma "prova", mas foi mais que isso, foi uma profecia para a humanidade, foi uma demonstração da fé que resulta, foi a máxima expressão do que é confiar em absoluto e foi o acto que selou a promessa de Deus para sempre.

Esta jornada de três dias (os mesmos que Jesus esteve sepultado) poderia ser interminável e insustentável para manter a determinação da fé.
Mas na resposta que dá ao filho, mostra que não esmoreceu nem desanimou com o passar do tempo e do progresso na caminhada.
O cristianismo é um caminho não apenas momentos - apesar de serem importantes - é um constante progresso que nos levará ao lugar onde não só conhecemos Deus, mas também a nós próprios.

No Monte do Senhor, onde a provisão divina é a realidade e onde só a confiança mutua constrói uma nova dimensão de vida.
Deus é o melhor companheiro para a jornada.

João Pedro Robalo