No famosos sermão do monte - O manifesto do Reino de Deus - Jesus apontou uma caminho para as relações pessoais, familiares, sociais e até internacionais; o caminho da paz, ou melhor, dos que constróem a paz: Os pacificadores.
O discurso que hoje Obama proferiu na Universidade do Cairo ao mundo muçulmano é revelador da sua intenção, concistência séria e corajosa.
A paz é um valor essencial para o progresso individual, social e mundial; qualquer contributo para a aproximação dos povos, para o diálogo e para a paz, são passos gigantescos que devem ser valorizados e incentivados por todos.
Agora é a vez dos extremistas - quer do lado mulçumano, quer do lado cristão - mostrarem quais são as verdadeiras motivações que os movem.
São actos como este, que o Presidente Americano deu, que esvaziam de sentido qualquer discurso alarmista, separatismos, medos infundados, afastamento entre as religiões, etc.
Esta postura contrasta com as posições assumidas por; George Bush (O Eixo do Mal), por Bento XVI (O Islão impõem-se pela espada), pelo primeiro ministro Australiano (Aculturem-se ou abandonem o nosso país), entre outras muitas posições que afastam os povos e tornam impossíveis a convivência pacifica e construtiva entre os homens de boa vontade.
Obama não deixou de ser firme e demonstrar que não tolerará qualquer tentativa para colocar em causa a paz mundial, mas soube distinguir entre os aspectos conflituais que são legítimos e os que são destruidores da paz e dignidade humanas que, devem ser denunciados e combatidos por todos.
Não deixou de tocar nos assuntos estruturais para um conflito tão longo como o caso da Palestina e Israel, que terá de ser encontrada uma solução pacífica e de mútuo acordo - para tristeza e desilusão dos meus amigos evangélicos que perfilam uma interpretação dispensasionalista da Bíblia.
A paz constrói-se com mensagens destas; acompanhadas de acções que aproximam os povos nas suas diferenças, sem no entanto, baixar os valores universais que devem ser preservados e defendidos por todos sem excepção.
Deixo uma última "provocação"; quem realmente combate o extremismo?
Aqueles que usam armas de destruição matando com isso inocentes em conjunto com os prevaricadores, ou aqueles que esvaziam com as suas palavras e acções o campo minado do ódio da intolerância que os extremistas de ambos os lados pretendem alimentar e fazer sentir nas suas posições e acções?
Parece-me que, tal como Jesus ensinou, são actos corajosos como este, com discursos sem ambiguidades, que fazem mais pela paz, combatem melhor o terrorismo e todo o extremismo religioso que não faz qualquer sentido.
"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" Jesus.
João Pedro Robalo
quinta-feira, 4 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Mediatismo versus Realidade
Foi uma semana pródiga em relatos mediáticos, nem sempre bem abordados como é costume.
Somos confrontados com a desordem da "Ordem dos Advogados", o fatídico acidente de viação, a campanha eleitoral e hoje de manhã num programa televisivo tivemos lágrimas pela morte de um familiar misturado com a alegria de se concorrer na árvore das patacas... tudo misturado para criar ambientes contrastantes e não se perder audiências; que é o que interessa.
Esta ambiguidade e insensibilidade com que o mediatismo actual trata os assuntos quotidianos leva muitos a pensar que a vida é uma novela ou um romance, quando na verdade a realidade é caracterizada por ser fria e rude para o cidadão comum.
O problema de inadaptação surge quando a mente está formatada e condicionada pelos programas televisivos que obscurecem e deturpam o sentido e as características que compõem a vida.
Pode parecer disparatado, mas há quem fique frustrado por verificar que, o fosso entre a imaginação criada pela industria do entretenimento e a realidade do dia a dia, é enorme e insanável.
É interessante uma expressão de Jesus, normalmente ignorada ou preterida, onde nos incentiva a evitar qualquer tipo de preocupação ou ansiedade lembrando-nos que: "Basta a cada dia o seu próprio mal."
Jesus, o autor da vida, mostra o seu conhecimento e compreensão da realidade que a cada dia cria circunstâncias propícias que desanimam, magoam ou confundem.
A realidade pode ser dura e desconstrutiva para o optimismo, mas não é; nem a antecipação da preocupação - basta a cada dia o seu próprio mal - nem a ilusão que a mediatização constrói no "objecto" - é assim que algumas vezes as empresas mediáticas tratam as pessoas; como números - que leva alguns a viverem alienados da realidade e da consequente possibilidade de construir um projecto de vida.
Seria bom que as empresas de comunicação - principalmente dos meios áudiovisuais - tivessem uma abordagem pedagógica, mas quando a economia dita as suas regras, aceitamos os excessos. Só que, por vezes, há limites que não se podem ultrapassar, pois, quando estas fronteiras são desrespeitadas pode suscitar o começo do fim deste tipo desumano de mediatismo que só se interessa por audiências.
A realidade só pode ser encarada pela forma centrada no individuo como Jesus o fez; a verdade dura e crua, proporciona as condições cognitivas, emocionais e espirituais correctas para lidar com a realidade de forma sábia e inteligente.
João Pedro Robalo
Somos confrontados com a desordem da "Ordem dos Advogados", o fatídico acidente de viação, a campanha eleitoral e hoje de manhã num programa televisivo tivemos lágrimas pela morte de um familiar misturado com a alegria de se concorrer na árvore das patacas... tudo misturado para criar ambientes contrastantes e não se perder audiências; que é o que interessa.
Esta ambiguidade e insensibilidade com que o mediatismo actual trata os assuntos quotidianos leva muitos a pensar que a vida é uma novela ou um romance, quando na verdade a realidade é caracterizada por ser fria e rude para o cidadão comum.
O problema de inadaptação surge quando a mente está formatada e condicionada pelos programas televisivos que obscurecem e deturpam o sentido e as características que compõem a vida.
Pode parecer disparatado, mas há quem fique frustrado por verificar que, o fosso entre a imaginação criada pela industria do entretenimento e a realidade do dia a dia, é enorme e insanável.
É interessante uma expressão de Jesus, normalmente ignorada ou preterida, onde nos incentiva a evitar qualquer tipo de preocupação ou ansiedade lembrando-nos que: "Basta a cada dia o seu próprio mal."
Jesus, o autor da vida, mostra o seu conhecimento e compreensão da realidade que a cada dia cria circunstâncias propícias que desanimam, magoam ou confundem.
A realidade pode ser dura e desconstrutiva para o optimismo, mas não é; nem a antecipação da preocupação - basta a cada dia o seu próprio mal - nem a ilusão que a mediatização constrói no "objecto" - é assim que algumas vezes as empresas mediáticas tratam as pessoas; como números - que leva alguns a viverem alienados da realidade e da consequente possibilidade de construir um projecto de vida.
Seria bom que as empresas de comunicação - principalmente dos meios áudiovisuais - tivessem uma abordagem pedagógica, mas quando a economia dita as suas regras, aceitamos os excessos. Só que, por vezes, há limites que não se podem ultrapassar, pois, quando estas fronteiras são desrespeitadas pode suscitar o começo do fim deste tipo desumano de mediatismo que só se interessa por audiências.
A realidade só pode ser encarada pela forma centrada no individuo como Jesus o fez; a verdade dura e crua, proporciona as condições cognitivas, emocionais e espirituais correctas para lidar com a realidade de forma sábia e inteligente.
João Pedro Robalo
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