segunda-feira, 19 de abril de 2010

O 5º Funcionário!

Aplica-se não só à função pública mas a todo o país. Está fenomenal...


ERA UMA VEZ... 4 funcionários públicos chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém.

Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria. Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho para Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria. No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.

Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um 5º funcionário para evitar todos estes problemas.

domingo, 4 de abril de 2010

Em Defesa da Teologia da Prosperidade (2ªparte)

O nosso registo no meio cristão evangélico é essencialmente bíblico, ou seja, qualquer premissa que possa ter suporte escrituristico consolidado, considera-se teologicamente aceitável.

Uma teologia da prosperidade, só pode ter qualquer suporte válido, se encontrar por toda a Bíblia, uma directriz contínua que desenvolva uma ideia forte de um propósito divino para as pessoas que correspondam aos requisitos necessários para a sua realização.

Talvez o título que é atribuído ao pressuposto não seja o ideal; por exemplo: Cremos no amor inquestionável de Deus em relação à humanidade, mas não usamos a expressão: Teologia do Amor – se calhar devíamos, mas não o fazemos – assim como a outros pressupostos bem clarificados de teologia cristã.

Esta expressão assumiu uma carga negativa, na reacção a uma escola teológica surgida em meados do século passado, principalmente entre os carismáticos – área evangélica onde possuo raízes formativas importantes – que acentua a possibilidade de ultrapassar condicionalismos de todo o género, incluindo o aspecto económico.

Talvez hoje, com alguma distância, não nos apercebamos, como a carga negativa em relação a posses, consumismo e bem-estar económico; eram vistos como algo pejorativo e a ser rejeitado por todos os “espirituais”, principalmente aos que serviam no ministério.

Conheci muitos filhos de pastores e obreiros evangélicos, como os quais confraternizei, e não esqueço as mágoas, revolta e dor com que alguns viveram, impedidos de desfrutarem uma adolescência e juventude saudável, por dois motivos principais: Tinham de ser exemplo para todos na igreja – o que era normal para os outros filhos, era-lhes impedido, sem qualquer justificação, a não ser o facto de os pais servirem como pastores.

A segunda razão, grave em muitos casos, foram as necessidades que tiveram de passar por causa da infidelidade dos membros da igreja onde estavam, e, pior, o conceito errado que para servir a Deus era necessário passarem necessidades.

Com mágoa e tristeza ouvi relatos impressionantes de jovens que lhes foi impedido uma alimentação correcta, brinquedos comuns e até o simples entretenimento, como era o caso da televisão, por ser pecado – como cheguei a ouvir num cântico brasileiro “o olho do diabo”.

Claro está que, a reacção não pode ser justificada em si mesmo, ou seja, não é por haver perspectivas erradas que construímos uma teologia incorrecta.

Penso ser de senso comum e aceitável a todos não haver qualquer dúvida ser o desejo de Deus que possamos prosperar, não quero maçar com elevado número de textos onde essa ideia ganha forma continuada que consubstancia o conceito.

Peguemos por exemplo no discurso divino na escolha e mandato para Josué assumir o seu papel substituto de Moisés na concretização da tarefa de levar o povo hebreu à herança prometida.

Js.1.8 “Não se aparte da tua boca o livro desta lei (Torah); medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado em fazer conforme tudo o que nele está escrito. Então farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido”

Este versículo usa uma das cinco palavras hebraicas que é traduzida para a nossa língua por prosperidade: “Tsälëach” que, de acordo com o dicionário Hebraico Strong; é a raiz primitiva para empurrar com força (em vários sentidos), quebrar, passar por cima, ser bom ou ser rentável.

Deus, após a morte de Moisés – uma perda irreparável para muitos – tem esta “conversa” com Josué, no intuito de lhe transmitir confiança para a tarefa árdua, mas possível, que estava à sua frente.

É dentro deste âmbito de perspectiva que a prosperidade se encaixa como uma luva, ou seja, Deus a procurar incentivar o seu servo para a tarefa que lhe propõem.

Prosperidade não é uma mera questão de possuir mais ou menos riqueza. Acho que algumas pessoas que se levantam contra este conceito - para mim bíblico - apenas o fazem porque olham para esta condição na perspectiva económico-financeira, mas, “empurrar com força” para um cargo e uma responsabilidade, que poderia ser assustadora para o novo líder desta tão grande nação, é uma demonstração de confiança de quem fez a escolha e nomeou o líder: Deus.

Animar Josué para a tarefa, prometendo que o faria prosperar no caminho (cargo/função) que agora iniciava, não era fácil nem líquido; Josué havia passado de “moço de recados” de Moisés, para o líder máximo de um povo que procurava encontrar um lar de descanso – todos sabemos como é difícil e controverso quando se está num processo nómada e sem destino.

Josué tinha agora sobre os seus ombros uma tarefa gigantesca que envolvia continuidade e originalidade – continuidade pela tarefa iniciada por outro; e originalidade por ter formas e meios diferenciados dos anteriores; além de uma nova realidade: Agora iriam passar de vez o Jordão.

Este exemplo de Josué, é um ponto de partida para o conceito e a teologia que pretendo defender nestas reflexões.

Creio ser da vontade divina que os seus filhos, nas tarefas que são investidos possam prosperar em tudo e ser bem-sucedidos, não encontro dificuldade em aceitar que Deus deseja a nossa prosperidade, não para amealhar algum dinheiro, mas para dar sentido à existência e propósito na vida.

Não rejeito o conceito da teologia da prosperidade, que para mim tem fundamento bíblico, só porque alguns – infelizmente demais – usam o epíteto para um mau uso e interesse pessoal.

Este foi mais um contributo regular sobre o que penso a respeito da “Teologia da Prosperidade”

Bem-haja

João Pedro Robalo

quinta-feira, 25 de março de 2010

Em Defesa da Teologia da Prosperidade! (1ª parte)

Desejo iniciar uma reflexão que considero séria e necessária. Tenho assistido de trincheiras diferentes ataques, ao que considero ser, relevante e fundamental para sustentar um boa teologia, que permita uma vivência sadia nos tempos actuais.

A denominada “Teologia da Prosperidade”, que alguns desvalorizam e ridicularizam enquanto outros defendem com interesses pessoais que nada têm a ver com o evangelho.

Pessoalmente, não considero errada uma teologia que defenda prosperidade em todos os aspectos na vida cristã.

Ressalvo o sentido atribuído à palavra prosperidade, porque talvez a confusão e problema surja logo na etimologia da palavra e qual o aspecto prático que deve ser tirado para os nossos dias na vivência cristã.

Prosperidade, nunca se limitou ao aspecto monetário, económico e financeiro, apesar de também englobar essa realidade tão essencial nos dias actuais; basta ver as reivindicações das centrais sindicais e observamos como o poder de compra é a base para jornadas de luta e greves gerais que alastram, não só pelo país, como pelo mundo inteiro.

Por razões que desconheço, alguns “profetas” completamente alheados das realidades actuais, acham que esta é uma questão menor, periférica ou insignificante, mas por vezes essa posição esconde uma avareza diabólica controladora que não quer reconhecer, mas é evidente nas suas observações e postura perante a vida.

Desde já afirmo que não pouparei os “cristãos” que roubam a Deus, que servem Mamon pela sua avareza, que invejam o que é depositado na bolsa - tal como Judas o fazia - além de ter o descaramento de a roubar, aliás este é o comportamento comum destes pretensos defensores de uma liberalização económica, que visa apenas o lucro pessoal aliado à desresponsabilização pessoal no uso dos meios financeiros proporcionados por Deus.

O sentido de mordomia cristã perde-se de duas maneiras, qualquer uma delas devastadoras para a conduta cristã, como para o reino de Deus: Primeiro pela manipulação do amor cristão que caracteriza os crentes, impondo obrigações não bíblicas nem bem fundamentadas na doutrina sã, que manipulam o que há de melhor nestes cristãos; o seu desejo de servir e abençoar. Em segundo, no outro extremo, encontra-se a “liberalização” total, sem compromisso dos cristãos para com a comunhão onde estão inseridos, considerando que não há dever da sua parte em sustentar a igreja, nem lhes será requerida por Deus responsabilidades nesse aspecto.

Para esta defesa da “Teologia da Prosperidade” abordarei algumas questões que acho pertinentes:

1º Em que sentido, podemos esperar prosperar.

2º Continuidade versus descontinuidade (Este aspecto é essencial para consolidar uma teologia não descompartimentada, tão usual em algumas posições actuais)

3º Mordomia cristã que realça uma vida cristã responsável, saudável e repleta de boas obras que nos acompanham quando a nossa jornada terrestre terminar.

É possível que outras questões pertinentes surjam nesta reflexões que se seguem, mas esta orientação serve para apresentar o que me proponho tratar desde já.

Bem-haja

João Pedro Robalo

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Também vou Construir um Castelo...

Tal como o grande Autor Fernando Pessoa, quero ser feliz e construir um dia um Castelo, nem que seja nas nuvens!

UM DIA VOU CONSTRUIR UM CASTELO

(FERNANDO PESSOA)

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,

mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


(Fernando Pessoa)


domingo, 21 de fevereiro de 2010

Guerras e Rumores de Guerras!

Escutei com perplexidade, uma "revelação" que me espantou, pela ousadia, num programa de cariz evangélico televisivo, alguém com reconhecida capacidade afirmou ter compreendido pela primeira vez o sentido da expressão bíblica: "Guerras e rumores de guerras!"

De acordo com o proponente, quando os evangelistas falam de "rumores de guerras" é uma referência directa ao surgimento do terrorismo, agora um assunto tão pertinente nos meios de comunicação.

São "revelações" deste género que tiram crédito à Palavra de Deus. Quando se procura actualizar as profecias de Jesus, consoante vão surgindo novidades, ou novos contornos da história, que precisam encaixar na escatologia pré-determinada, para que continuem a fazer sentido, as previsões que já tantas vezes falharam, só podemos lamentar e não deixar de denunciar.

Tanto no Evg. de Marcos, como de Mateus, onde surge esta palavra "rumores" no grego «akoë» que transmite a ideia de: Ouvir, ou o acto de escutar algo; nada procura transmitir além de um reforço de todo o ambiente aterrador que qualquer guerra, ou informação sobre essa possibilidade transmite aos ouvintes dessa realidade terrível e próxima.

No Evg. de Lucas, a palavra é substituída por «Revoluções», "Akatastasia" que realça o sentido de: Confusão, instabilidade ou tumultos.

Poderão argumentar que escutar algo que aterroriza, cria instabilidade ou gera tumultos, pode ser interpretado com actos de terrorismo. Eu contra-argumento com o facto que as guerras e qualquer ideia da sua proximidade fazem o mesmo, não me parece necessário fazer este "ajuste" mediático e oportuno para algo que deve ser mantido do seu sentido original e primário tendo em vista o primeiro ouvinte como regra de uma boa interpretação.

O que mais me incomoda nesta facilidade interpretativa, é o conceito que a rege, ou seja, quando surge uma ideia, mesmo que não se consiga contextualizar, nem fortalecer com base bíblica, por "encaixar" ou ser original, passa a ser tida como fidedigno ou "revelação" final.

A Palavra de Deus não pode ser tida com esta leviandade, não pode andar ao sabor dos caprichos interpretativos de cada um, tem de ser respeitada e honrada com tal, ou seja; como Palavra de Deus que é na realidade.
Este é o único caminho para que, os que nos escutam percebam o valor que lhe atribuímos e o respeito que lhe temos, ao ponto de não acrescentar, nem tirar nada além do que nos transmite.

A interpretação que fazemos dos chamados "Fins dos Tempos", revela o respeito e compromisso que temos com as Escrituras Sagradas, pois não forçar o texto de forma que encaixe na nossa escatologia, revela até que ponto a Bíblia é ou não para nós na sua totalidade, sem qualquer reticência, a Palavra de Deus.

Este relato de Jesus, como profeta que é, sobre o que é chamado vulgarmente de "A Grande Tribulação" foi delimitado no tempo e espaço, ao contrário que muitos fazem, alargando e estendendo no tempo e espaço a sua realização.

Mt.23.36 "Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração"
O discurso que antecede os pormenores deste tempo que seria encurtado por causa dos santos, começa com uma afirmação temporal que procura situar o relato dos acontecimentos a uma geração, não para além dela, nem estendida no tempo sem definição clara.
Mt.24.34 "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam"
Para não existir dúvidas sobre o tempo a que estes acontecimentos se devem encaixar, não ir para além deles, Jesus reforça esta ideia geracional para o seu cumprimento.

Já naquele tempo haviam actos que podem ser considerados terroristas, ao ler Flávio Joséfo, somos confrontados com relatos entre os judeus da geração terminal, que insensíveis ao sofrimento do seu próprio povo, por questões de fanatismo religioso e político, auto-destruíram-se de formas ignóbeis e desumanas.
Contudo, não posso afirmar que é uma referência clara a esse tipo de acções, pois seria forçar o texto ou perder esta objectividade de compromisso com a Palavra de Deus.

Nos dias actuais, as previsões Maias, Nostradamus, islâmicas ou até evangélicas de teor dispensacionalista - há muitos evangélicos que são pós-milenistas ou preteristas - não me incomodam nem deixam perturbado, aliás, se observarem com atenção é essa a intenção de Jesus, sossegar os seus discípulos, e, é porque estou seguro que o tempo para se cumprirem estas guerras e os rumores delas, foram para um determinado tempo bem definido pelo Messias, que permaneço seguro sem perturbação, mesmo com relatos noticiosos devastadores.

Considero ser de maior valor e integridade intelectual aceitar que Jesus sabia definir tempo, por isso, não fez estas afirmações com segundas intenções, nem para cada geração achar que é o seu tempo onde as tais profecias devem ser enquadradas.
Acho até ser de uma certa presunção considerar que é sempre o seu tempo onde estes acontecimentos se dão.

É certo que iremos escutar sobre guerras, talvez não tão destrutivas como no passado recente, apesar do arsenal existente para tal, mas daríamos um melhor contributo se não forçássemos o texto, só para encaixar um ideia que nos surgiu, ou pior, querer ter protagonismo neste assunto.

Tal como foi objectivo de Jesus, sempre que tocou estas questões, fê-lo, para deixar os cristãos tranquilos e em paz perante qualquer incidente que surja, da mesma maneira, quando decidi escrever sobre o que escutei, sem nomear ninguém, porque não é uma questão pessoal, mas de conceitos, espero ter ajudado a sossegar a alma de cada um.

Bem-haja

João Pedro Robalo

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O Valor da Pregação

Assisto actualmente a uma desvalorização da pregação do evangelho generalizada entre os cristãos.
É comum ouvir referências sobre a pobreza e ineficácia da igreja quando "meramente" prega o evangelho, sem outro envolvimento em causas sociais.

Considero extremamente importante e vital, a igreja desenvolver trabalho social na cidade ou região onde se encontra. O reino de Deus será implantado quando respondemos de forma ética e prática a todas as necessidades da sociedade.

Contudo, não me parece correcto desvalorizar o mandamento que Jesus nos deixou: Pregar o evangelho e ensinar a guardar todas as coisas que no mandou em todas as nações.

Pregar nunca será algo superficial ou secundário. Pregar o evangelho é central, é a nossa grande responsabilidade e nunca perderá o seu valor intrínseco que capacita a mudança radical do Ser humano.

A palavra grega traduzida por «pregar» tem o sentido de proclamar como arauto de forma pública, audível e como vencedor.

Mais do que fazer um discurso interno, é uma mensagem que pode surgir numa conversa amigável, em família, entre desconhecidos ou até para nós próprios.

Por tudo isto a pregação na congregação também não deve ser desvalorizada, porque surge em todos estes lugares referidos, pelos ouvintes.

Pregar desperta a fé (Rm.10.8-10 "...isto é , a palavra da fé que pregamos... se com a boca confessares e com o coração creres") a pregação, seja em congregação ou em qualquer outro lugar, desperta e desenvolve a fé. Apesar de necessitar de obras, a fé não surge por elas, mas pela Palavra.
Semente incorruptível (1ªPd.1.23 "Tendo sido regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela Palavra de Deus, a qual vive e é permanente") Só a Palavra de Deus possui esta característica única, independente do mensageiro ou interlocutor, ela permanece incorruptível e intacta em toda a sua natureza e virtude.

Loucura sábia (1ªCo.1.21 "Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação") Será que Deus se enganou quando optou por este meio? Ou será que somos tão sábios que dispensamos os meios e métodos divinos para salvar pessoas. A única loucura saudável e sadia vem do Pai das luzes.

Poder de Deus (1ªCo.1.24 "Pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus") Não imaginas o poder que está envolvido quando pregas, quando anuncias a boas novas do céu, desvalorizar a pregação é erro fatal para o crescimento da igreja.

A lógica do reino (Rm.10.14-15 "Como invocarão em quem não creram? Como crerão naquele de quem não ouvirão? Como ouvirão se não há quem pregue? Como pregarão se não forem enviados?") Só invocarão a Deus quando esta sequência natural é seguida. Na maior parte dos cristãos há uma desresponsabilização, porque não se consideram enviados, mas este envio referido, não creio que se refira a um trabalho missionário que qualquer igreja desenvolve enviando alguém. Mas, creio ser uma referência à ordem de Jesus a cada um de nós.

Prega a palavra a tempo e fora de tempo, foi o conselho dado por Paulo a Timóteo, que me parece ser aplicável a todos nós. Prega a Palavra!

Bem-haja

João Pedro Robalo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Alargar a influência

Desde a alguns anos para cá, Deus tem-nos concedido palavras, frases ou versículos chave, com os quais afinamos as nossas agulhas para investir em alvos específicos.

Não se tratam de condicionalismos ou programações fechadas, mas temas que se tornam «lemas da alma», para que, a esperança fortaleça a fé perante os desafios e obstáculos quotidianos.

Desde o final do ano 2009 que venho sentindo uma direcção específica, a qual neste domingo comuniquei à igreja, baseada num versículo de Isaías (54:2) "Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas da tua tenda se estendam, não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas."

Esperei quase um mês para o divulgar à comunidade de crentes que se reúne no CCVA em Figueira da Foz, porque sei quão perigoso pode ser este versículo, quando mal interpretado, aplicado ou até manipulado para usos de interesse pessoal.

Deus deseja, isso estou certo, que alarguemos a nossa área de influência em todos os sentidos; pessoal, ministerial, familiar, profissional, social e espiritual. Mas o que significa, ou em que termos esta influência se estabelece?

Não tenho para já respostas fixas ou pré-definidas - que me desculpe quem esperava resposta fácil - mas linhas de orientação que me dão confiança suficiente, para seguir e "arriscar" mesmo sem todos os detalhes ou pormenores.

Só de olhar para o texto em si, três coisas posso desde já concluir:

1º Fé é necessária.
Sem ela (fé) a comodidade e o conforto são seguros e suficientes para qualquer um se sentir satisfeito e realizado. No entanto, quando um sentido de responsabilidade nos assalta, ficar na mesma e no mesmo lugar é doloroso demais para ser suportado, por isso, está na hora de saltar do barco e andar sobre as águas, tal como Pedro o fez na confiança da palavra (vem) dada pelo Mestre.

2º Caminho desimpedido.
Quando o autor nos avisa: "Não o impeças" coloca as coisas no devido lugar. São os nossos preconceitos, manias, precipitações e egoísmos que impedem Deus criar condições para alargar a nossa esfera de influência, e, até mesmo trazer bênçãos à nossa vida.

A nossa tarefa, por vezes, passa mais por sabermos estar sossegados e entender quando agir, do que qualquer outra "técnica" de liderança ou estratégia que tenhamos aprendido.

Saber libertar dos embaraços da vida é meio-caminho para a abundância e virtude divinas na nossa realidade.

3º Firmeza.
Finalmente, a firmeza em tudo o que pensamos, cremos e realizamos; será a grande virtude que proporciona a realização e manutenção dos resultados que desejamos ver surgirem na nossa realidade vindos céu.

São imensos os prejuízos que acumulamos, por sermos inconstantes e impacientes. Gente firme que vai até ao fim do caminho, persiste em seguir, quando outros desistem, permanece confiável e constante, quando tantos oscilam conforme o estado de alma; são aqueles que verão a sua "tenda" ser ampliada, alargada e firmada, quaisquer que sejam as circunstâncias.

Bem-hajam

João Pedro Robalo

Nota: Esta mensagem pode ser escutada ou visualizada em; http://www.figueiraccva.org/