segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Equívocos Denominacionais

“O elemento curador (na igreja primitiva) foi a compreensão de que aproximar-se de Cristo reduzia a importância das diferenças humanas e aproximava também as pessoas umas das outras.”(Jimmy Carter, Os Valores em Perigo – a crise moral americana, Quidnovi, 2006)

Vivi grande parte da minha vida numa denominação evangélica em Portugal, desde a mais tenra infância.
Primeiro como crente comum, depois como membro activo da igreja que sempre fui, e finalmente como ministro do Evangelho, durante vários anos, tendo desempenhado cargos de elevada responsabilidade nas suas estruturas.
Conheço, portanto, os aspectos mais constrangedores e controversos do denominacionalismo evangélico português.

Acresce que a minha experiência em lidar com outras denominações, no âmbito de responsabilidades que fui assumindo no meio cristão, ao longo dos anos, permite-me ter hoje uma perspectiva geral das coisas.

A presente reflexão evidencia sobretudo alguns equívocos, erros ou fraquezas, consoante o ponto de vista, do percurso histórico das denominações, e que, nalguns casos, se prolongaram até à actualidade.

Eis alguns deles:

1.Confusão entre ortodoxia e rigidez doutrinária.
Ao contrário do que se pensa, quanto mais inseguro o ser humano é, quanto às suas convicções religiosas, mais se agarra a um sistema rígido de doutrina e prática. Circunstância essa que, levada ao extremo, desemboca num fanatismo militante, em nome da “sã doutrina”. Pelo contrário, quanto mais seguros estamos do que somos e daquilo em que cremos, mais liberdade pessoal desfrutamos para reflectir, indagar, questionar, pôr em causa e lidar com as dúvidas, que não só são legítimas como normais e naturais.

2.Primado da mediocridade.
Este equívoco decorre do anterior. Os mais inseguros, e portanto mais rígidos, acabam por gerar um sistema de poder, onde os mais capazes, mais indagadores e mais livres são sistematicamente marginalizados, já que assustam os inseguros com as suas indagações. É desse tipo de comportamento que procede a mediocridade, já que a rigidez não é criativa, nem inovadora nem adaptativa.

3.Confusão entre humildade, ignorância e cretinice.
A defesa acérrima e acéfala de normas humanas obsoletas, sem suporte bíblico sério, e racionalmente indefensáveis não é uma atitude inteligente nem séria. Confunde-se facilmente humildade com ignorância ou patetice. Ser humilde não é ser parvo ou descartável, é escolher rejeitar o orgulho e sujeitarmo-nos à vontade de Deus.

4.Confusão entre santificação e farisaísmo.
Constituindo este uma atitude religiosa de que resultam sempre posturas eivadas de hipocrisia. Ou seja, dito de outra forma, o farisaísmo defende o primado da aparência em detrimento da autenticidade e da essência. Como se vê, a natureza da atitude farisaica é radicalmente oposta ao cristianismo bíblico.

5.Sectarismo denominacional.
O espírito de seita ronda o denominacionalismo sempre que o espírito da exclusividade ortodoxa supera o espírito da unidade em Cristo, cegando as pessoas para a realidade espiritual a que o apóstolo Paulo denomina como “a multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4:10). Todos têm o direito de crer, valorizar e defender pontos de vista estruturantes da sua denominação, e de defender um património histórico, desde que isso não os cegue para a evidência de que o Corpo de Cristo não se esgota nesses estritos limites.

6.Discriminação de género nos ministérios espirituais. A contínua desvalorização das mulheres no ministério é uma das fraquezas de algum denominacionalismo. Argumentos estafados, descontextualizados histórica, escriturística e teologicamente, obviamente procedentes de um machismo obsoleto, coartam assim o acesso de muitos dos melhores e mais preparados elementos da Igreja ao cabal desempenho dos dons, ministérios e vocações a que foram chamados por Deus. Há excepções, que apenas confirmam a regra (como é o caso da The Foursquare Church, Igreja do Evangelho Quadrangular, denominação pentecostal histórica, que foi fundada por uma mulher, a canadiana Aimee Semple McPherson, no ano de 1927, em Los Angeles). Mas este caso histórico ainda continua a constituir uma excepção.

7.Confusão entre doutrina e usos ou costumes.
As tradições e influências culturais misturam-se ainda com demasiada frequência com a vertente doutrinária, originando conflitos desnecessários. Alguns ainda não compreenderam que a doutrina é universal e eterna, mas a cultura (usos, costumes) é local e temporal, e que nem sempre o abraçar uma nova doutrina implica a adopção de uma nova cultura.

8.Confusão entre proselitismo e evangelismo.
Julgando que a função da Igreja é apenas arrebanhar acólitos, multiplicar os números, fazer prosélitos, despreza-se a influência dos cristãos na sociedade, e promove-se uma cidadania mitigada, ao desencorajar o envolvimento dos convertidos nas diversas dimensões da cidadania terrena, a par da sua edificação espiritual. Quando se fala de intervenção cultural, desportiva ou política então…

9.Ênfase doutrinária exagerada em aspectos distintivos.
Cada denominação tem a tendência para focar, de forma porventura menos equilibrada, os seus aspectos doutrinários distintivos, isto é, os aspectos doutrinários que a distinguem das outras. Como se o valor de uma igreja estivesse na sua origem e percurso histórico e não na Pessoa de Jesus Cristo enquanto sua centralidade. As igrejas não podem comportar-se como empresas que apostam na exclusividade ou nas características distintivas dos seus produtos a fim de conquistar o mercado.

10.Da falta de formação à formatação das lideranças.
Receio que se tenha passado da pura falta de formação da futura liderança para a sua formatação. As lideranças espirituais devem preparar-se o melhor possível para um mundo altamente desafiador, mas não é com cartilhas rígidas que o farão.

11.Lutas internas.
Qualquer organização cria as condições para que nela se venham a verificar atitudes de luta pelo poder, mais cedo ou mais tarde. Talvez por isso determinadas denominações auto-designam-se preventivamente como “movimentos do Espírito” e não denominações, ou recusam chamar pastores aos seus líderes. Mas o que conta não são as designações mas sim a postura.

12.Perspectiva providencial e messiânica.
A ideia de que nós é que estamos no caminho, enquanto todos os outros estão apenas à beira do caminho é doentia e presunçosa, mas infelizmente é corrente nalguns círculos. Tal como a ideia de que é a nossa denominação que vai converter o país e o mundo a Cristo, como se os outros cristãos e igrejas tivessem um papel meramente decorativo. Chega-se a afirmar que “o evangelho não chegou ainda” a esta ou aquela terra, mesmo quando se sabe que outras igrejas protestantes ou evangélicas lá estão radicadas e a trabalhar na promoção do reino de Deus…

13.Mentalidade imperial.
Critica-se a igreja romana pela sua estrutura e mentalidade imperial, mas na prática promove-se o mesmo, quando se reivindica “somos a maior denominação mundial”, ou “somos a igreja que mais cresce em todo o mundo”, e outros tiques imperialistas do género.14. Falta de amor e cuidado pelos fracos e caídos. É porventura a maior falha das igrejas locais. E isto em nome de uma disciplina que não visa a restauração da pessoa, mas sim o efeito de dissuasão que pode ter sobre a comunidade em geral e o reforço político da imagem da sua liderança espiritual, numa tentativa de preservação da realidade da denominação.

15.Tendência de exagero regulamentar.
Ao matar grande parte da criatividade e da iniciativa em nome dos regulamentos ou tradições, está-se a matar a vida de uma comunidade local. Quando se cortam à partida todas as ideias, por melhores que sejam, só porque “nunca se fez assim”, está-se a apelar ao espírito de “macaco de imitação”. Jesus nunca disse para nos imitarmos uns aos outros, mas Paulo apelou à imitação do próprio Cristo.
E isso é altamente desafiador.

Apesar de todo o respeito e gratidão que a Igreja do presente deve ter para com os seus líderes do passado, a verdade é que o tempo presente traz consigo novas exigências e requer uma nova mentalidade, ainda que os fundamentos permaneçam os mesmos. Exactamente por isso. É que os métodos, práticas e visões são temporais mas o fundamento eterno da doutrina de Cristo e dos Apóstolos nunca mudará.

Este Texto é da autoria do Pr. Brissos Lino, fonte:http://ovelhaperdida.wordpress.com

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ventos de Mudança

Tem sido, por vezes, muito confrangedor a reacção, ou pior ainda, desprezo que somos votados no meio cristão - principalmente evangélico - quando defendemos a perspectiva pós-milenista ou mesmo preterista (convém referir, que neste aspecto, insiro-me no sector "parcial", não "total")

No, entanto, apesar das incompreensões, cada vez firmo mais a minha posição escatológica, até porque, os argumentos contrários não convencem.

Por achar que este artigo na revista "Charisma" quebra com um tabu no meio que normalmente se insere, achei por bem colocar o "link" que direcciona para este excelente texto.

Quando vejo debater-se um tema destes neste meio, só posso - alegremente - concluir que os ventos de mudança estão a surgir.

http://charismamag.com/index.php/fire-in-my-bones/23081-dont-get-infected-with-last-days-fever

Boa leitura e reflictam

João Pedro Robalo

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Um Acto de Misericórdia

O ministro escocês da justiça, Kenny MacAskill, defendeu no parlamento do país a libertação de Al Megrahi – o único condenado do acto terrorista de Lockerbi.

Com efeito, e passo a citar: “Uma decisão tinha de ser tomada, ela, baseou-se na lei da Escócia, e nos valores que acredito que buscamos preservar. Não se baseou em considerações políticas, diplomáticas e económicas.” fim de citação.

Esta frontalidade – tão criticada por outros países, principalmente os EUA, onde eram originários a maior parte das vítimas – chocou muitos, por todo o mundo.

Qualquer pessoa que, preserve os valores da vida – que são valores cristãos – não pode deixar de reconhecer a coragem e a elevação de princípios que levaram a Escócia a tomar uma decisão assim.

Eu também desaprovo a falta de despudor que o presidente da Líbia teve ao receber com honras um terrorista e assassino, da forma que o fez.

Condeno veementemente o acto terrorista que Megrahi perpetrou – o qual foi condenado, e bem, a prisão perpétua – contra vidas inocentes, só para afirmar a sua posição geopolítica, causando dano a um país que odiava.

Acima de tudo, deixa-me incomodado a falta de arrependimento deste terrorista, não só durante o julgamento, como ao fim destes anos todos, mesmo em fase terminal devido a um cancro da próstata.

Mas todos estes factores, não podem, nem devem mudar a elevação de valores que, o mundo chamado cristão diz defender.
Sei que alguns cristãos – principalmente o sector evangélico – se encontram incomodados e fazem sentir a sua revolta, gritando por justiça.

Eu quero – apesar de todas ressalvas já feitas – dizer que concordo com a decisão do governo escocês.
Ser cristão, com valores bem definidos pela Bíblia, requer uma frieza de emoções e sentimentos que, acima do horror e injustiças, sabemos exercer misericórdia e perdão, não a quem não precisa, mas a quem mais necessita; neste caso quem mais ofendeu.

Á luz destes factos, como interpretamos a afirmação de Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”
Tal como o ministro da justiça escocês afirmou; não são os actos injustos ou indignos que irão fazer baixar os nossos padrões ou desvirtuar o carácter do amor cristão.

São nestes momentos que os valores cristãos são essenciais para demonstrar a elevação que Cristo trouxe ao mundo sobre todas as outras religiões ou filosofias.
Se não for assim, então, não encontro qualquer diferença, e, isto (da fé) é só uma questão de nome atribuído ao “deus” ou à religião.

Se outros querem elevar assassinos terroristas que não valorizam a vida humana, nós, mundo cristão, temos valores que se sobrepõem acima dos maus exemplos e injustiças, sobretudo, porque cremos na justiça divina.

O mundo muçulmano – que creio condenar os actos terrorista – tivesse a frontalidade para dizer que todos os que perpetram actos que desvalorizam a vida humana, não irão para o céu, mas para o inferno, de certo, muitos atentados suicidas, que são autênticos assassínios, seriam evitados.

Se os cristãos desejam demonstrar elevação de valores e carácter, não devem condenar o acto do governo escocês, mas, apesar de não gostarmos do espectáculo degradante que o Sr. Kadáfi nos ofereceu, sabemos que esta foi a decisão acertada e correcta de acordo com os padrões da misericórdia cristã.

Espero que entendam o meu ponto de vista.

“Sede misericordiosos, assim como o vosso Pai é misericordioso” Lucas 6.36 Jesus

Bem-haja

João Pedro Robalo

domingo, 23 de agosto de 2009

Um Futuro Brilhante!

Provérbios 4.18 "“A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”

A perspectiva de um futuro brilhante é alicerçada pela mentalidade de reino, conquista e uma escatologia confiante.
Eu não estou a caminhar para um futuro que é medido pelo relógio que marca uma proximidade com a meia-noite, mas prossigo para o dia perfeito, para o meio-dia, onde a luz é intensa e brilha desfazendo todas as trevas.

A vida do cristão - aquela que faz a diferença - é marcada pelo progresso constante a todos os níveis, como um dia que vai brilhando cada vez mais até atingir o seu auge; a plena luminosidade do dia perfeito.

Este conceito rompe com a ideia errada que o melhor da vida é a juventude, ou os tempos da nossa capacidade máxima em termos enérgicos.
O tempo corre a nosso favor, quando construímos uma relação sadia, inteligente a devota ao Senhor da vida; Jesus Cristo o nosso Salvador.

Educação, atenção ao ensino bíblico, protecção do coração - mente, alma e espírito - e atenção bem centrada no autor e consumador da nossa fé, Cristo; são requisitos essenciais para desenvolver um futuro brilhante.

Apesar de todo o estado actual do mundo, sou por natureza e convicção um optimista; creio em Deus e na sua palavra!

Bem-haja

João Pedro Robalo

(Mais informações sobre este assunto, consulte: www.figueiraccva.org)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Unidade na Diversidade

A igreja cristã é geneticamente diversa e expressa a sabedoria divina multiformemente!

O problema ao longo da história do cristianismo, surge, quando algo de importante acontece no marasmo religioso, teológico e nas revelações fossilizadas; logo se têm a tendência para criar uma uniformidade que represente e condicione essa nova abordagem de viver o cristianismo.

A propensão para uniformizar, demonstra-se na tendência para nomear, circunscrever e limitar a alguns privilegiados o que Deus deseja abrir a todos e manter vivo ao longo de gerações; surgindo assim o que chamo de "cancro" da comunhão cristã: O denominacionalismo.

Não só é pernicioso porque uniformiza o que deve ser diverso, como obriga á desonestidade intelectual, porque exige a defesa da denominação em detrimento da verdade.
Tomo por exemplo as posições dispensacionalistas que, contra o avanço da compreensão teológica, e, principalmente, escatológica; forçam as interpretações com atropelos hermenêuticos e exegéticos, para harmonizarem a sua visão ultrapassada e errada com os novos ventos de ideias.

Todo o esforço relacional apenas baseado na doutrina, gera conformismo e negação da génese da igreja desde a sua origem.
A nossa união é mais espiritual e relacional - comunhão dos santos - do que imaginamos.
Lembro há uns bons anos atrás um referido teólogo ter feito esta afirmação em pleno Monte Esperança, e toda a polémica que causou no seio denominacional de então.
O pior é que ele tinha razão, mas isso não interessa ao espírito denominaciolanista, o grupo, o corporativismo tem de ser preservado a todo o custo - mesmo da verdade.

Sei que o mau exemplo de alguns novos ministérios pessoais - sou contra tal conceito - e de igrejas neopentecostais que querem apresentar resultados a todo o custo; têm refreado e deturpado a natureza diversa e multiforme da igreja cristã; mas não sacrifico a verdade por causa dos exageros e atropelos dos que se aproveitam da crença popular.

A igreja cristã - de acordo com o padrão neotestamentário - é descentralizada na sua essência e organização, pelo que, qualquer tentativa para a amarrar a uma "organização" com padrões humanos e seculares, vai contra a sua natureza e génese.

Os tempos e momentos actuais exigem que se resgate a igreja das tendências empresariais de organização que impõem modelos e dinâmicas seculares na estrutura e relação de poder entre os diversos estratos piramidais.

A Santa Igreja, relevante, pura, imaculada e gloriosa; para a qual um dia Jesus voltará - não a vem buscar, mas para ela - só possui uma cabeça: Jesus o Cristo!
Toda a tentativa pessoal ou orgânica para substituir o lugar que pertence ao Senhor dos senhores e Reis dos reis; é um acto de idolatria, sempre condenável pelo Deus eterno.

Apesar de todas as falhas e equívocos que a História da igreja é pródiga, creio na igreja verdadeira, pura e interventiva, que, se está a levantar, para fazer sentir a sua voz e acção no resgate, não só o homem caído; mas toda a criação que geme e aguarda - pacientemente - a manifestação dos filhos de Deus.

Bem-haja

João Pedro Robalo

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Lugar onde Deus te Quer!

Um dos assuntos que mais questiono, é a escolha de Deus, por pessoas com sinais de fragilidade para serem os mentores e até autores de grandes mudanças históricas.

Reporto-me aos casos de infertilidade ou esterilidade que resultam na Bíblia em receptores das promessas divinas ou geradores de filhos que marcam a revelação de Deus na História.

Não podemos ignorar a pressão social, religiosa e emocional que estas pessoas foram sujeitas, pelo facto de não conseguirem gerar filhos - para muitos uma prova de maldição e rejeição divinas.

Quando observamos com cuidado cada um dos casos relatados nas Escrituras Sagradas, surgem sinais que nos ajudam a entender, tanto a escolha divina, como o lugar que cada um destes intervenientes teve de chegar, para alcançar a promessa.

Chegar á fé!
Abraão, o nosso pai da fé, com a sua mulher, Sara, ambos conseguiram chegar á fé.
Não apenas uma fé pessoal, mas que os transcendeu, e, que gerações, povos e multidões beneficiaram.
No relato bíblico de Génesis 15.1-6, Abraão, quando argumenta com Deus, é levado para fora, onde consegue ver para além da sua insignificância, e, nesta contemplação consegue crer; chegar á fé, onde o impossível se torna realizável.

Amar de verdade
Outro caso que inicia com uma dificuldade idêntica é o caso de Raquel - que a leva ao desespero - mas que são compensados com filhos extraordinários.
Este relacionamento de aliança entre Jacó e Raquel, é paradigmático na demonstração do verdadeiro amor. Génesis 29.18,20 mostra a força do verdadeiro amor, que faz o difícil parecer fácil.

Por vezes menos valorizado, o amor, é o caminho para se conhecer Deus em sua dimensão plena - pelo menos no que se pode conhecer.

Processar a dor e o sofrimento
O terceiro caso que desejo realçar, reflecte a importância de lidar com o sofrimento que nos rodeia, as desilusões que somos alvo e a dor que teima em surgir de onde menos se espera.

Ana, mulher de Elcana, desprezada, magoada e irritada pela sua "adversária" - mesmo sendo alvo do amor e consolo do seu marido - encontrou no derramar da alma diante de Deus o consolo e concordância necessários para obter o desejo do seu coração. (1ª Samuel)

Sem processar-mos a dor e sem enfrentar o sofrimento - ignora-lo não fará desaparecer - nunca seremos capazes de chegar ao lugar onde Deus satisfará os anseios e desejos da nossa alma.

Abertos a uma revelação nova
O último caso que desejo nomear, surge já no 2º Testamento, mas ainda com o último profeta da Velha Aliança: João Baptista.
Lucas, no primeiro capítulo relata a aparição do anjo Gabriel a Zacarias, trazendo-lhe a boa nova que, as suas orações - em conjunto com Isabel - haviam sidos ouvidas por Deus.

Todo o processo revela pormenores interessantes, mas o que desejo realçar é a escolha do nome do filho das suas orações: João.
Zacarias e Isabel, quebraram com as tradições, quer religiosas quer sociais, que impunham o hábito de dar o nome do pai ao primeiro filho.
Fizeram-no em obediência a quem lhes concedeu o pedido; Deus.

Qualquer mudança requer a orientação divina, confirmação do Espírito Santo na comunhão dos santos que, colocam o selo da autenticidade na mudança de paradigma para uma nova revelação frescaque fará a diferença e abrirá novas fronteriras.

Fé, amor, dor e sofrimento processados e, finalmente, abertura para seguir Deus no seu mover sobrenatural de avanço na História; são as causas que, creio, levarem Deus á escolha das pessoas para os momentos especiais que fazem a diferença.

Se desejarem pode visualizar esta mensagem no site: figueiraccva.org (Gente que Faz História)

Bem-haja

João Pedro Robalo

domingo, 16 de agosto de 2009

Um Excelente texto escrito pelo Bispo Hermes Fernandes, sobre o terror que a doutrina dispensassionalista trouxe na interpretação que faz da Parábola das dez virgens.

www.hermesfernandes.blogspot.com (parábola usada para aterrorizar os crentes)

Abraço e boa leitura.

João Pedro