quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Primeira Pandemia do Séc. XXI

A organização Mundial de Saúde, decretou a gripe (A) como a primeira Pandemia do novo século.
Não por causa do descontrolo em que a doença se encontra – já começam a surgir hipóteses de uma vacina – mas devido ao número de países onde surgiram casos de pessoas contaminadas, ou seja a propagação geográfica que o vírus atingiu.

A história da humanidade está repleta de épocas negras de epidemias que causaram várias catástrofes com a morte de milhares e por vezes milhões de pessoas.

Hoje quando surge a possibilidade de algo minimamente semelhante suceder, uma histeria comunicacional surge por todos os órgãos de informação, que, em nada beneficiam o esclarecimento e a consequente maturidade na forma, meios e métodos para melhor encarar e combater o problema.

Actualmente, devido ao progresso cientifico e tecnológico alcançado, as consequências são amplamente diminuídas e controladas – com isto não quero desvalorizar cada vida que se perde com esta doença – pelo que, as dimensões de disseminação e mortes são em números muito inferiores ao que seriam sem os meios actualmente ao dispor.

Talvez por isso os discursos alarmistas parecem ter desaparecido - ou são menos visíveis - no plano evangélico que aproveita sempre qualquer crise ou epidemias para justificar a sua visão catastrófica e pessimista dos tempos que estamos a viver.

Como cristão considero que estes são tempos de oportunidade para mostrar clareza de espírito perante momentos de dificuldade acrescida.

Dou graças a Deus pelo avanço tecnológico e científico, mas não deixo de crer e exercitar a fé perante situações que põem em risco a vida das pessoas.

Não são tempos para acusar ou tentar encontrar justificações para o problema surgido, mas são de oportunidade para mostrar a verdadeira essência do amor cristão.
O Apóstolo Pedro escreveu que: “O amor cobre uma multidão de pecados” e o que as pessoas necessitam quando afortunadamente se encontram numa situação de fragilidade é de mãos estendidas, compaixão efectiva, empatia, uma palavra de esperança e acima de tudo vidas que apresentem Jesus ressuscitado com poder para oferecer respostas fiáveis de amor e poder de Deus.

Não são tempos de manipulação mas de compaixão; de dificuldade mas de oportunidade; de culpabilização fácil mas de justiça divina que está assente no amor de Deus que ofereceu o seu Filho amado para salvar e curar o nosso mundo doente.

Este é um tempo que os cristãos verdadeiros têm algo de relevante a oferecer à sociedade.

Bem-haja

João Pedro Robalo

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