segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Integração dos Emigrantes

Portugal foi premiado pela ONU, como o país que melhor adaptou as leis para a integração de emigrantes na nossa terra natal.

Claro está que, a experiência no terreno revelará que nem tudo vai bem, nem sempre os empresários portugueses seguem este bom exemplo, aproveitando-se da fragilidade e ilegalidade a que alguns se encontram.

Esta notícia enche-me de orgulho em ser português.
Quando à poucos dias na campanha eleitoral alguns partidos usaram o fantasma da emigração - o perigo de roubar os empregos e recursos em detrimento dos nacionais - como um perigo a combater, e, com isso conseguir mais alguns votos; foi com tristeza que ouvi cristãos defender posições idênticas. Apenas lamentável.

Que a demagogia dos actores políticos seja lamentável, mas normal, ainda aceito, mas ouvir - como sucedeu - cristãos usarem o mesmo argumento para manifestar a sua posição politico-partidária, defendendo que os problemas nacionais, quer nos aspecto criminal, social e económico, são causados pela integração dos fluxos migratórios que Portugal também faz parte, é falta de cultura bíblica e desconhecimento do grande amor divino para com todos.

Deus deixou advertências muito sérias ao povo da 1ª Aliança sobre a importância no tratamento dos estrangeiros, até porque, afinal, essa era uma realidade conhecida deles.
Ex.23.9 "Não oprimirás o estrangeiro; vós conheceis o estrangeiro, porque foste estrangeiros no Egipto."

Não só estavam impedidos de qualquer tipo de opressão ou aproveitamento da situação fragilizada que os emigrantes entre eles se encontravam, como deviam expressar amor e aceitação, melhor dizendo, integração.
Lv.19.34 "Como o natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco. Amá-lo-eis como a vós mesmos, pois foste estrangeiros no Egipto. Eu sou o Senhor vosso Deus."

Há uma clara obrigatoriedade humanista e ética cristã, para providenciar todo o apoio e condições para os que desejam fazer desta nação e povo a sua oportunidade de recomeço da vida.

O amor cristão que faz a diferença neste mundo, não se deixa influenciar pela demagogia xenófoba que dá votos e popularidade a alguns políticos da nossa praça.
Sabemos diferenciar o trigo do joio, entre os que abusam da nossa afabilidade e os que se integram.

Uma nação com valores cristãos, sabe receber, integrar e dar oportunidade aos que decidem - pelas mais variadas razões - fazer desta nação a sua nova casa.

Bem-haja

João Pedro Robalo

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