sábado, 24 de janeiro de 2009

Freeport

Estamos a entrar no chamado "ano de todas as eleições" e os escândalos começam a surgir.
Não irei tecer considerações sobre culpados ou inocentes, porque além de ser um terreno escorregadio - qualquer tomada de posição pode ser vista como defendendo um dos lados - não estaria a contribuir para qualquer esclarecimento pois não tenho elementos para o fazer.
No entanto, parece-me evidente que algo pode e deve ser questionado: Porque, sendo um assunto que parece envolver corrupção ao mais alto nível, demora tanto a fazer andar o processo?
Ou pior ainda; porque só depois de autoridades de um país estrangeiro -neste caso inglês - se começa a ver algum expediente?
Estas questões podem parecer oportunistas ou seguidistas de alguma euforia da comunicação social, mas o meu objectivo é alertar para o dano que tudo isto faz à noção de justiça no seio do povo.
Não é só ser mas é necessário parecer, neste caso como em tantos outros a justiça parece algo distante e desprestigiada aos olhos do cidadão comum que mais necessita dela.
Aconteça o que acontecer, tem de haver uma noção que a verdade dos acontecimentos veio à luz e que independentemente de quem esteja envolvido, a justiça - que é representada com os olhos vendados - seja feita sem qualquer dúvida.
Como cristão realço a importância de um mundo mais justo em que a oportunidade de justiça é um direito de todos, em especial os mais desfavorecidos.
Jesus disse: Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas serão acrescentadas.
Para que o nosso País seja beneficiado com prosperidade creio que o princípio que Jesus Cristo ensinou não pode ser descurado.

Espero que o meu desabafo possa produzir algum efeito, nas pessoas, nos políticos, nos responsáveis pela sistema de justiça (talvez esteja a pedir demais) para que todos possamos voltar a acreditar nas instituições e sobretudo construir um futuro.

Deus vos abençoe

João Pedro

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